Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida romance Capítulo 195

Preocupado que Karina acordasse e fugisse novamente, Ademir a levou de volta para seu quarto no hospital. Ele chamou o médico para examiná-la ali mesmo.

— Não há nenhum problema grave. — O médico prescreveu alguns remédios após o exame. — Desta vez, foi devido à interrupção do tratamento. Com dois dias de cuidados, ela estará saudável novamente.

Ademir acenou com a cabeça e, depois de um momento, perguntou:

— Vai precisar de tratamentos frequentes no futuro? A situação pode piorar?

— Ainda não podemos afirmar com certeza. — O médico respondeu com sinceridade. — Mas, a princípio, não. Depois de terminar este tratamento e fazer os exames, basta prestar mais atenção à saúde no dia a dia.

— Obrigado pelo esforço.

— Sr. Ademir, você é muito gentil.

Depois de se despedir do médico, Ademir se sentou ao lado da cama. Karina já havia adormecido.

Ele começou a pensar. Se Karina estava passando por tanto sofrimento com a gravidez, até desenvolvendo outros sintomas, então Vitória também devia estar sofrendo muito. Talvez, no futuro, ela também apresentasse complicações.

Havia algumas decisões que ele precisava tomar urgentemente. Continuar assim não faria bem a nenhuma delas, e ele começava a perder o respeito por si mesmo.

...

Quando Karina abriu os olhos, reconheceu rapidamente que estava no quarto de Ademir. Ele, por sua vez, estava sentado no sofá ao lado, com uma máquina de tratamento móvel ao seu lado. Sua mão esquerda estava conectada a um cateter, enquanto ele folheava documentos com a direita. Na sua frente, havia um notebook, e ele trabalhava de vez em quando, levantando a mão para fazer anotações.

Era realmente a imagem perfeita de alguém imerso no trabalho.

Ocupando a cama dele, Karina se sentiu um pouco constrangida e, se apoiando nos braços, tentou se sentar. Ao menor movimento dela, Ademir imediatamente percebeu e levantou o olhar.

— Acordou. — Ele se levantou e empurrou a máquina de tratamento na direção dela.

Karina se apressou e disse:

— Não se mexa, você ainda está em tratamento.

— Está com sede? — Ademir, como se não tivesse ouvido o que ela disse, encheu um copo de água e o entregou a ela. — O médico disse que você sentiria sede ao acordar.

— Obrigada. — De fato, ela estava com sede.

Após agradecer, Karina tentou pegar o copo, mas Ademir não soltou, dizendo:

— Você está sem forças, eu vou te ajudar a beber.

Sem outra escolha, ela teve que deixá-lo ajudá-la.

Ademir falou, preocupado:

— Coma. — Ele disse, dando um leve tapinha em sua cabeça, os olhos cheios de carinho.

Aos poucos, o olhar de Ademir começou a mudar. Ele parecia cada vez mais frustrado, e um toque de decepção se misturava em sua expressão.

Karina não levantou a cabeça, mas podia sentir aquelas duas intensas linhas de visão fixas nela.

— Já comeu o suficiente. — Ele disse, tirando o prato da frente dela, já que ela havia acabado de se recuperar e não deveria comer tanto. Ademir lhe entregou um guardanapo. — Limpe a boca.

— Obrigada. — Karina aceitou o guardanapo.

Observando os movimentos ágeis dele enquanto arrumava as coisas, uma sensação estranha tomou conta de seu coração. A verdade era que ele tinha seus defeitos. No entanto, em seus mais de vinte anos de vida, ele era quem havia cuidado melhor dela.

Se ela não poderia escapar... Talvez fosse a hora de tentar conviver bem com ele?

Depois de arrumar tudo, Ademir voltou e puxou uma cadeira, se sentando ao lado da cama.

— Karina. — Ele chamou seu nome, mas então hesitou, como se tivesse algo importante a dizer.

Karina, sem apressá-lo, ficou em silêncio, esperando.

Ademir a olhou profundamente, várias vezes tentando falar. Quando finalmente abriu a boca, sua expressão e tom de voz mostravam uma confusão quase inocente.