Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida romance Capítulo 232

Ela não podia acreditar.

Aquele homem, que desde a morte da mãe não tinha cuidado deles, como poderia dizer algo assim?

Lucas olhou para a filha e suspirou.

Repetiu:

— O papai disse que vai dar o dinheiro para mandar o Catarino ao Instituto do País de Gales.

Karina ficou chocada, não tinha ouvido errado!

Mas ainda estava muito confusa, então perguntou:

— Por quê?

Ela não entendia.

Lucas, impaciente e frustrado, respondeu:

— Eu sou o pai, preciso de motivo para dar dinheiro ao filho?

Não precisava?

Então por que, no passado, ele interrompeu o tratamento médico de Catarino e a empurrou para o abismo? Será que isso não teve a ver com o pai?

Karina não acreditava.

Logo depois, ouviu Lucas dizer:

— Meu aniversário está chegando, espero que você possa vir.

Karina ficou mais uma vez atônita.

Os choques de hoje eram muitos.

Ela perguntou novamente:

— O que quer dizer? O que você realmente está planejando?

Lucas tossiu levemente e disse:

— O papai está ficando velho, quantos aniversários ainda poderei ter? Só quero reunir a família para uma refeição.

O que era aquilo?

Karina franziu o cenho e não pôde evitar uma risada sarcástica.

— Você tem esposa e filha, a família de vocês não está reunida todos os dias?

— Karina. — Lucas a interrompeu, balançando a cabeça, desapontado. — Você e o Catarino também são filhos do papai.

Ele lançou um olhar ao Catarino, que brincava concentrado com um avião de brinquedo.

Lucas sugeriu a Karina:

— Se você vier ao meu aniversário, estará reconhecendo que vocês dois são meus filhos. E, se fizer isso, qualquer quantia que o Catarino precisar, o papai cobrirá.

Ele estava mesmo usando o Catarino para chantageá-la?

Karina, sensível, se lembrou daquela vez no Hotel Dynasty.

Com desconfiança, ela semicerrava os olhos e perguntou:

— O que você está tentando fazer de novo?

Ela tirou o conteúdo do envelope para conferir. Era mais dinheiro.

Contando os dois envelopes, a soma chegava a vinte mil reais.

Para Karina, já era muito dinheiro.

Ela guardou o dinheiro de volta no envelope e o escondeu com cuidado.

Antes de entender claramente o que Lucas queria, ela não poderia usar esse dinheiro de jeito nenhum.

Ao sair de Colinas Verdes, Karina pegou um carro e foi ao centro da cidade. Depois, tomou outro veículo.

No cruzamento, o semáforo estava vermelho.

Dentro do carro:

— Ademir. — Júlio olhou para o lado da rua. — Aquela não é a Karina?

Ademir ergueu os olhos. Sim, era ela.

Na tarde de sábado, o centro da cidade estava abarrotado de gente, e a calçada estava cheia.

O corpo esguio de Karina era empurrado para trás pela multidão.

— Vá até lá.

— Sim, Ademir.

Ademir parecia se lembrar de algo e instruiu Júlio:

— Daqui a pouco, faça assim...