Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida romance Capítulo 323

Karina teve um sono profundo, acordando apenas às duas da tarde.

Ao abrir os olhos, a primeira sensação que teve foi fome. Uma fome imensa.

Wanessa já havia preparado tudo o que ela poderia comer, aguardando pacientemente. Sabendo que Karina não estava com muita fome, preparou uma grande mesa com uma variedade de pratos, pensando que, com sorte, ela conseguiria comer uma ou duas mordidas de cada coisa.

Mas, para surpresa de Wanessa, Karina acordou revigorada, com um apetite renovado. Tudo estava delicioso para ela.

— Você está mesmo com muita fome, hein? — Wanessa disse, com um sorriso de felicidade, mas também com um toque de preocupação. — Come devagar, não exagere. Comer tanto de uma vez assim... Será que não vai acabar vomitando de novo?

— Não se preocupe, sinto que estou completamente bem agora. — Karina respondeu com um sorriso, balançando a cabeça, completamente satisfeita, com a boca cheia de comida.

A gravidez deixava Karina mais sensível, mas, desta vez, não havia sinais de enjoo.

Wanessa ficou aliviada e exclamou:

— Parece que você realmente melhorou. A partir de agora, tem que se alimentar direitinho! Assim, a barriguinha vai começar a crescer devagarinho! Que bom, muito bom!

Enquanto comiam, o som da campainha interrompeu a conversa.

Wanessa se levantou rapidamente e foi atender à porta, voltando com uma caixa nas mãos.

— O que é isso? — Karina perguntou, curiosa.

— É um bolo do Restaurante Caracol Vermelho. — Wanessa colocou a caixa na mesa e olhou para Karina. — Quer abrir o bolo? Foi o Júlio que pediu. Ou melhor, o Sr. Ademir que mandou encomendar para você. Vamos comer agora?

— Agora? Eu nem sei se consigo comer um bolo! — Karina esfregou a barriguinha, ainda cheia da refeição. — Wanessa, você gosta desse bolo? Se gosta, pode comer você mesma.

— Comer? Eu? — Wanessa olhou com uma expressão pensativa. — Se você não está com fome, deixa o bolo aqui. Podemos comer depois, à noite.

— Também pode ser.

Após a refeição, Karina foi para o escritório.

Ela não precisaria ir ao Hospital J naquele dia, então levou a documentação na bolsa e decidiu organizar os papéis em casa mesmo.

Às cinco horas, Ademir voltou para a Mansão dos Barbosa. Tinha um evento à noite e precisava trocar de roupa.

Ao entrar na sala, foi direto para a cozinha, abriu a geladeira para pegar um copo de água. Quando fechou a porta da geladeira, seus olhos caíram na caixa do bolo. Estava intacta, claramente ainda sem ser aberta.

Ademir franziu a testa.

"Por quê? A Karina não gosta de bolo?"

Seu humor mudou instantaneamente, se tornando mais sombrio. Ele largou a água e subiu para o andar de cima.

— Você está fazendo isso de propósito? — A expressão dele se fechou, claramente desconfiado. Ele tinha mandado entregar o bolo especialmente para se desculpar pelo ocorrido na noite anterior. Ele não acreditava que ela não tivesse entendido o gesto.

A voz de Ademir ficou baixa e tensa, cheia de insatisfação.

— Você não aceita meu pedido de desculpas? O que mais você quer que eu faça?

Karina se surpreendeu com a pergunta, mas tentou se manter calma.

— Eu aceitei o seu pedido de desculpas...

— Ótimo. — Ademir apertou seu pulso e a puxou, erguendo ela da cadeira. — Então desça e coma o bolo!

Mais uma vez, isso?

A paciência de Karina se esgotou num instante. Ela não se moveu nem um centímetro, ficando firme em seu lugar.

— Ademir, você vai me forçar novamente? Eu já disse, eu não consigo comer mais bolo! Já aceitei o seu pedido de desculpas. Por que você precisa me forçar a comer?

— Forçar você? — Ele se aproximou, com os olhos fixos nela.

— Sim! — Karina, finalmente, se soltou de sua mão e disse, firme, quase desabafando. Algumas coisas precisavam ser ditas.