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Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida romance Capítulo 338

Ao deixar o hospital, Ademir se apressou em retornar para Berlengas.

Durante todo o caminho, ele não disse uma palavra.

Mas Bruno podia sentir que Ademir estava imensamente triste...

Ademir guardava uma dor que não conseguia expressar.

Fechou os olhos, e em sua mente surgiram lembranças da infância, quando seu pai o abandonou.

Ele se lembrava do pai partindo de carro, deixando a Mansão da família Barbosa para trás. Na época, ainda criança, ele correu atrás, chorando e gritando:

— Papai, por favor, não vá!

Mas o pai não olhou para trás e foi embora sem hesitar.

Logo depois, sua mãe também se foi...

Mais tarde, Ademir tentou encontrar o pai, mas, em um inverno frio, o pai mandou que os empregados o expulsassem, se recusando a vê-lo.

Embora fossem de sangue, o pai lhe demonstrava uma frieza que superava até a de um estranho.

Era uma frieza que parecia congelar todo o sangue em suas veias.

Depois de tantos anos, Ademir sentia novamente essa mesma sensação.

Frio, um frio intenso. Ele precisava de alguém que pudesse aquecer seu coração.

...

Karina acordou com a fome. Seu estômago já não doía, e, ao tocar a barriga, ela sorriu levemente:

— Que bebê comportado.

Se levantou da cama, colocou um casaco, pegou a bolsa e saiu do quarto.

Estava faminta e precisava encontrar algo para comer.

Ao retornar ao quarto e não encontrar Karina, Ademir ficou com o rosto ainda mais sombrio do que quando estava no carro.

— Onde ela está?

Bruno, apressado, respondeu:

— Ademir, calma. Júlio está com Karina; ela com certeza está bem.

Ele imediatamente ligou para Júlio:

— Júlio, onde está Karina? Ademir não a encontrou e já está perdendo a paciência!

— Karina está no restaurante, comendo alguma coisa.

— Certo.

— Não sei de que espécie são esses camarões, mas são enormes, e a carne é tão saborosa...

Antes que pudesse terminar a frase, Ademir a envolveu num abraço repentino.

Karina piscou, atordoada. O que estava acontecendo?

— Karina, fique comigo.

Ele já não tinha mais os pais, restava apenas seu avô. Ele já sentia que tinha falhado com Vitória; agora, Karina era sua última esperança...

Apertando o pescoço de Karina, aproximou ela ainda mais do peito e murmurou:

— Karina, fique comigo, fique ao meu lado. Vamos viver juntos, de verdade.

O quê?

Karina ficou paralisada. Essas palavras soavam tão familiares... Ele já as havia dito antes. Mas, da última vez que prometeu isso, pouco depois pediu o divórcio.

Palavras de um homem... São apenas palavras. Não dá para levá-las a sério.

Karina sorriu:

— Claro, estamos para nos casar, não é?

A vida era como uma peça de teatro. Que vença quem souber representar melhor.

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