Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida romance Capítulo 364

— Eu não entendo, explique melhor.

As palavras já haviam saído de sua boca, e Karina falou diretamente:

— Você gosta tanto da Vitória, pode tentar convencer o vovô. Se ele aceitá-la, então não precisaremos ficar juntos.

No fundo, ela ainda não queria se casar com ele, dessa forma.

Ademir apertou ainda mais a cintura dela com o braço.

Karina sentiu a dor e franziu a testa:

— Ademir?

— Desculpe. — Ademir se deu conta, afrouxando um pouco, mas ainda a mantendo em seus braços.

O sorriso não desapareceu, mas o tom de sua voz havia mudado:

— Mas o que fazer? Não consigo convencer o vovô. Você só pode se casar comigo.

Karina ficou em silêncio.

Não era exatamente uma surpresa, mas ela não pôde deixar de se sentir desapontada.

Não havia outra opção? Realmente não havia nem um pouco de esperança?

— Karina! — A porta da sala de descanso se abriu, e Patrícia entrou animada, acompanhada de Catarino.

Ademir tocou suavemente o rosto dela:

— Seus bons amigos e seu irmão chegaram, se alegre um pouco, não os deixe preocupados, certo?

— Eu sei. — Karina assentiu.

— Karina! — Patrícia correu até ela, segurando sua mão. — Você está tão bonita!

— A irmã está tão bonita!

— E agora, o que vamos fazer?

Ademir sorriu levemente, ficando ao lado, e disse:

— Vamos fazer o cabelo e cuidar da pele.

— Vamos juntos?

— Sim, juntos.

Patrícia pulou de alegria e disse:

— Eu nunca fiz isso antes!

Com ela por perto, a diversão e a alegria estavam sempre garantidas.

Os dois olharam para a entrada.

Túlio estava na porta, sem expressão, com os olhos arregalados, como se tivesse visto um fantasma, não acreditando no que acabava de ouvir.

Ele deu alguns passos lentos, e então perguntou, com a voz embargada:

— Pai, mãe, o que vocês disseram... É verdade?

O pânico tomou conta dos dois, que instantaneamente se tensionaram. Eles não sabiam como reagir, o filho tinha ouvido toda a conversa!

— Túlio... — Júlia se levantou rapidamente, indo até ele para segurar seu braço. — Deixe a mamãe te explicar, eu só fiz isso por você...

— Por mim? — Túlio balançou o braço, se afastando de Júlia.

Seus olhos estavam avermelhados, e ele não sabia se estava chorando ou se estava rindo.

— Vocês... Vocês... — Ele ergueu a mão, apontando primeiro para Júlia, depois para Zeca.

Uma dor profunda surgiu em seu peito, uma dor que o fez se sentir insuportável. Com a voz cheia de raiva e tristeza, ele disse:

— Vocês dizem que fizeram isso por mim, mas será que realmente fizeram? Usaram a própria vida para mentir para mim? Só porque sou um bom filho, porque sou obediente, vocês me respeitaram alguma vez?

Túlio soltou um grito de dor, uma explosão de tristeza que ecoou na sala. Ele continuou, furioso:

— Não, vocês não fizeram isso por mim, vocês fizeram isso por vocês mesmos! Tudo tem que ser do jeito que vocês querem! Minhas vontades, meus sentimentos, para vocês, não significam nada!