Do longe, uma mão se estendeu rapidamente, bloqueando Catarino à sua frente.
Mas ainda foi rápido demais. O suporte de fogo tombou, e as chamas se espalharam. Muitas faíscas caíram sobre a mão estendida.
Ademir franziu a testa e soltou um breve suspiro de dor.
Karina ficou com a boca aberta por dois segundos, sua mente vazia.
— Ademir! — Ela, instintivamente, puxou o braço dele para verificar. — Deixa eu ver.
Bastou um olhar para que suas sobrancelhas se unissem em uma expressão de preocupação. Não era preciso mais explicações: o contato direto com o fogo de alta temperatura queimou o braço de Ademir.
— Rápido! — Sem perder tempo, Karina o puxou para dentro da casa.
Ela o levou até a pia, ligou a torneira e começou a lavar o braço dele com água fria.
— Espere um pouco.
Karina correu até o banheiro, pegou uma bacia e encheu ela com o gelo que tirou da geladeira.
Ela apontou para Ademir e disse:
— Coloque o braço aqui!
Ademir olhou para ela, mas não se moveu.
— O que está fazendo aí parado? — Karina, desesperada, não entendeu por que ele não reagia. — Está tonto de dor?
Ela, então, pegou a mão dele e o forçou a colocar o braço queimado na água gelada.
Ademir, claro, não estava tonto. Ele apenas estava apreciando o momento.
Karina estava nervosa e preocupada com ele, sua expressão estava carregada de uma ansiedade que ele raramente via nela.
Karina era do tipo calada, que raramente deixava transparecer seus sentimentos. Vê-la assim, tão apreensiva, era algo incomum.
Isso fez Ademir perceber que Karina realmente se importava com ele.
Ela não o havia escolhido apenas por causa do avô, não era só uma questão de dever ou conveniência, certo?
Com a outra mão, a que não estava machucada, Ademir a segurou pela cintura e a puxou para perto de si, trazendo ela para seus braços.
Ele a olhou com intensidade e, com a voz mais suave, perguntou:
— Karina, você gosta de mim, não é?
Ao fazer a pergunta, seu coração disparou. Embora soubesse, de alguma forma, que Karina nutria uma afeição por ele, nunca a ouviu dizer isso. Ele nunca teve a coragem de perguntar ou confirmar seus sentimentos.
Talvez ele estivesse se enganando, talvez não fosse isso.
Agora que estavam casados, ele queria uma resposta clara.
Com os dedos pressionando o queixo de Karina, Ademir a forçou a olhar para ele:
— Karina, me responda.

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Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida
O quanto torço por esse casal não tá escrito!...
Conseguiu assim, agora tbm tem que comprar moedas pra ler????...
Karina e Ademir 🤗🤗🤗...
O livro do Ademir...