Otávio observava tudo com um sorriso satisfeito. Estava feliz com o que via.
Sua persistência estava se mostrando correta; foi com a chegada de Karina que o neto finalmente começou a viver como uma pessoa normal.
— Já basta. — Ele fez um gesto com a mão, como quem encerrava o assunto. — Já está quase tudo pronto. Podem ir embora agora, eu preciso descansar um pouco.
— Então, avô, descanse bem. Amanhã voltamos para ver o senhor.
— Está bem.
Com isso, os dois deixaram o Hospital J e seguiram para a Mansão da família Barbosa.
Karina poderia descansar agora, mas Ademir ainda tinha muito o que fazer. Ele precisava passar pela empresa para resolver alguns assuntos, principalmente os mais importantes dos últimos dias.
Antes de sair, ele disse a Karina:
— Hoje não leia livros, descanse bem. Vou voltar mais cedo para jantar com você.
— Tá bom.
Assim que Ademir se foi, Karina obedeceu. Trocou de roupa e foi para a cama.
...
Quando acordou, já se aproximava das cinco horas. O sol estava quase se pondo.
Seu celular tocou.
Karina atendeu a ligação lentamente.
— Sra. Barbosa.
Era a enfermeira do hospital privado de ginecologia e obstetrícia.
Por causa dos altos custos, o serviço era impecável. A enfermeira falou com um tom cordial:
— Estou apenas ligando para lembrá-la de que amanhã é o dia do seu exame. Você tem algum compromisso nesse dia? Vai conseguir vir na hora marcada?
Karina pensou por um momento e respondeu:
— Sim, posso ir. Obrigada pelo lembrete.
— Então não vou mais lhe tomar tempo. Até logo.
— Até logo.
Quando ela desligou, a porta do quarto se abriu. Ademir entrou e perguntou:
— Já acordou?
— Acabei de acordar. — Karina estava bem desperta agora. — Você já voltou tão cedo?
— Apenas resolvi algumas questões importantes. — Ademir se aproximou e perguntou. — Está com fome?
Karina negou com um movimento de cabeça.
Ademir, então, perguntou:
— E agora? Tem algo que gostaria de fazer? Eu te acompanho.
— Queria pegar um pouco de ar. — Karina apontou para a varanda. — Acabei de acordar, minha cabeça ainda está um pouco confusa.
Karina, com a mente rápida, pegou o ponto:
— É uma menina, né?
Ademir hesitou por um momento, antes de confirmar com um simples aceno de cabeça.
— Sim.
Karina estreitou os olhos e inclinou a cabeça para o lado, olhando ele com mais atenção, tentando conectar as pistas.
— Vitória?
Antes que ele pudesse dizer algo, ela mesma descartou a ideia.
Não, não poderia ser a Vitória. Elas eram rivais há tantos anos, e Karina nunca tinha notado Vitória com nada que lembrasse borboletas. Além disso, ela nunca viu a outra com acessórios desse tipo.
Ademir balançou a cabeça, confirmando:
— Não.
O instinto feminino de Karina era afiado, e ela sentiu algo diferente no ar. A intuição lhe dizia que essa garota tinha sido especial para Ademir, de uma maneira que ele não queria admitir.
Com uma leve hesitação, e talvez por impulso, ela perguntou:
— Era alguém de quem você gostava?
Os dois se olharam por um momento. Ademir ficou em silêncio, como se suas palavras estivessem presas, lutando para sair. Finalmente, ele assentiu.
— Sim.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida
Eu vibro, eu choro, eu rio, eu fico perplexa e ainda não posso esperar o fim desta história. Que desenrolar mais cuidadoso!!!!...
Amei a história...
O quanto torço por esse casal não tá escrito!...
Conseguiu assim, agora tbm tem que comprar moedas pra ler????...
Karina e Ademir 🤗🤗🤗...
O livro do Ademir...