Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida romance Capítulo 386

— Ademir. — Não havia terminado de dizer duas palavras, e Vitória já estava correndo até ele, parando ao seu lado.

De longe, parecia que eles eram o verdadeiro casal.

— Sra. Barbosa. — Vitória, ofegante da corrida, sorria um pouco sem jeito. — Você veio assistir ao filme? Se soubesse que viria, teria reservado duas entradas para você...

Antes que ela pudesse terminar, Karina agiu como se Vitória não estivesse ali, indo diretamente olhar para Patrícia.

— Patrícia, vamos embora.

— Está bem...

Totalmente ignorada, Vitória ficou visivelmente constrangida, mas sorriu para Ademir.

— Ademir, acho que sua esposa não está muito feliz. Será que eu disse algo errado?

— Não. — Ademir franziu a testa e balançou a cabeça, ao mesmo tempo em que estendia a mão para segurar o pulso de Karina.

Karina olhou para ele e, em tom de comando, disse:

— Solte-me.

Ademir, sem intenção de soltar, franziu ainda mais a testa.

— Eu já terminei aqui. Vamos embora juntos.

— É mesmo? — Karina sorriu e balançou a cabeça. — Tem alguém observando você. Não quero atrapalhar os planos de vocês para esta noite. Vou embora agora, façam o que tinham planejado.

O tom de sarcasmo e insinuação era bem claro.

— Karina...

— Sra. Barbosa. — Vitória franziu a testa, claramente incomodada, e balançou a cabeça levemente. — Por que falar dessa maneira tão dura? Sei que você não gosta de mim, mas o Ademir é o seu marido. Você não pode ter nem um pouco de respeito por ele?

— Vitória. — Ademir tentou interrompê-la. — Não precisa falar mais...

— Não, deixa ela falar. — Karina sorriu suavemente. — Eu quero ouvir.

Vitória soltou uma risada sarcástica e continuou:

— Karina! — A situação já estava tomando proporções desconfortáveis, e Ademir teve que intervir. — Basta! Não fale mais nada!

— Ademir. — Vitória olhou para ele com um olhar de dor. — Eu realmente não tinha essa intenção. E também não fui eu quem pediu para você vir.

— Eu sei. — Ademir assentiu, apertando a mão de Karina, e sua voz soou baixa e firme. — Karina, peça desculpas para a Vitória.

Karina parecia estar em choque.

— O que você disse?

— Não, você não ouviu errado. — Ademir repetiu, sua voz ainda mais grave. — Eu disse que você deve pedir desculpas para a Vitória. Você é médica, é uma pessoa instruída, então, como pode falar desse jeito e fazer acusações tão graves? Isso foi errado, então, você deve se desculpar.

Karina ficou em silêncio por dois segundos, depois soltou uma leve risada.

Os olhos de Ademir se estreitaram, e suas sobrancelhas se juntaram, mais tensas do que nunca.

— E se eu não pedir? — Karina, repentinamente, deixou de sorrir e o olhou fixamente, com um olhar frio.