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Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida romance Capítulo 388

Ademir, sozinho, estava entediado. Pensando no que aconteceu na noite anterior, decidiu ir direto para o escritório, querendo fazer as pazes com Karina.

Ele se aproximou dela pelas costas, se inclinando para abraçá-la:

— Está lendo de novo? Esqueci de te perguntar antes, você se alimentou bem à noite?

A proximidade fez Karina sentir o cheiro de perfume feminino, algo que não usava, mas que claramente vinha de Vitória.

— Já comi, estava com a Patrícia. — Karina respondeu de maneira calma.

Ela o afastou e continuou com a caneta na mão, lendo, de vez em quando escrevendo algo no livro.

Essa resposta tão fria... Ele sabia que ela não estava feliz, mas Ademir não sabia mais o que fazer. Já disse tudo o que precisava, e algumas coisas, ele simplesmente não podia fazer, nem prometer que faria.

— Já está tarde. — Ele tentou mais uma vez. — Acho que é hora de dormir.

Karina ainda não o olhou:

— Vai você, eu termino estas duas páginas e já vou para o quarto.

Não houve mais palavras.

Ademir a observou por alguns segundos e assentiu:

— Tudo bem.

Se virou e foi para o quarto.

Quando saiu do banho mais tarde, Karina já estava no quarto, reclinada na cama, olhando o celular.

Ele deitou ao seu lado, pronto para se virar e abraçá-la, mas Karina se virou, evitando ele.

Ela deixou o celular no criado-mudo e se deitou para dormir.

Atrás dela, Ademir franziu a testa com intensidade.

...

Naquela noite, Ademir não conseguiu dormir.

Somente na madrugada foi que finalmente pegou no sono.

No dia seguinte, acordou e viu que Karina já estava de pé. Ela havia tomado café e estava lendo no escritório.

Ademir fez seu café da manhã e foi até o escritório procurá-la:

— Karina, vamos sair juntos hoje? Você sai mais tarde? Vai ser no mesmo horário de sempre? Posso te buscar.

Era a forma que ele tentava se redimir pelo ocorrido na noite anterior.

Ela não queria que ele soubesse que iria ao hospital para fazer o tratamento com a nutrição intravenosa.

Neste momento, Karina não queria de maneira nenhuma que Ademir soubesse sobre o que estava acontecendo com ela.

À tarde, com a mochila nas costas, ela saiu discretamente da Mansão dos Barbosa. Como ainda estava cedo, não pegou um táxi, preferindo ir de ônibus.

A mansão não ficava muito perto do hospital, então Karina pensou que poderia descansar um pouco durante a viagem.

Quase pegou no sono quando, de repente, o ônibus foi sacudido violentamente.

O impacto fez Karina ser jogada para frente, e sua testa bateu com força no encosto do banco à sua frente, fazendo com que ela despertasse de imediato, sentindo uma dor aguda.

Ela colocou a mão na testa, enquanto a outra, quase de forma instintiva, se apoiava em seu abdômen.

Por um momento, não sentiu nada de anormal na barriga, mas a dor na testa era intensa, e suas mãos estavam suadas. Quando tirou a mão da testa, viu que estava coberta de sangue ela havia se cortado.

O ônibus já estava parado, e a confusão no interior era evidente. Havia muitas pessoas falando ao mesmo tempo, algumas reclamando, outras culpando, e o choro de uma criança se misturava ao tumulto.

Claramente, o acidente não havia afetado apenas Karina.

— O que aconteceu? — Alguém perguntou no meio da bagunça.

— Um carro à frente teve um acidente, e nós também batemos!

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