Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida romance Capítulo 398

Ela achou estranho. Ele não queria a Vitória?

Como ele conseguia agir assim, na sua frente, parecendo tão cheio de carinho, ainda por cima com o comportamento de um marido exemplar?

Será que realmente existia alguém no mundo capaz de gostar de duas pessoas ao mesmo tempo? Karina sentia que não seria capaz disso. E não queria mais perguntar. Ficar falando sobre isso não tinha mais sentido.

— Espere um pouco. — Karina disse, rendida. — Deixa eu terminar essa página.

— Tudo bem. — Ademir olhou para o livro dela. Restavam poucas linhas. — Eu espero, não estou com pressa.

Ele se levantou e começou a folhear os livros na estante.

Karina terminou de ler as últimas linhas e foi até ele:

— Terminei.

Ademir fechou o livro rapidamente e, ao colocá-lo de volta na estante, algo caiu das páginas.

Olhou com mais atenção e viu que era um marcador de livro.

— O que é isso? — Karina se agachou instintivamente para pegar.

— Não. — Ademir a impediu, lançando-lhe um olhar. — Sua barriga está cada vez maior, vai se abaixar assim? Como é que você vai ser mãe se for tão desatenta? Ainda bem que o pai da criança é um homem responsável.

Ele segurou Karina com uma das mãos e, com a outra, pegou o marcador de livro.

Karina ficou em silêncio. Será que ele estava se referindo a si mesmo como o pai da criança?

De repente, seu rosto ficou quente.

Ademir olhou para o marcador e sorriu. Não era um marcador de livro, mas sim um certificado de joia.

— Isso aqui... Está no meio do livro?

— O que é isso? Deixa eu ver. — Karina, curiosa, estendeu a mão para pegar, e Ademir não hesitou em entregar.

— Certificado de joia.

O certificado tinha imagens nele. À primeira vista, havia uma borboleta. Na verdade, não era uma borboleta verdadeira, mas sim um grampo de cabelo em formato de borboleta.

A memória de Karina era excelente e, logo, ela se lembrou de algo.

Ela pensava que ele era apenas um daqueles ricos que dependiam da família. Sempre ouviu dizer que pessoas ricas, para manter seu dinheiro e posição, davam ainda mais valor à educação dos filhos. Parecia que isso era verdade.

Sem perceber, seu olhar para Ademir estava carregado de um certo tipo de admiração.

Ademir percebeu e ficou visivelmente feliz. Abraçou ela mais forte.

— Esse "incrível" sou eu, e toda a minha riqueza também é sua agora. Fica feliz com isso?

Karina riu alto e acenou com a cabeça.

— Claro que fico.

Ela não falou de coração, tratando aquilo como uma brincadeira. Afinal, sobre ele e o dinheiro dele realmente serem dela, não havia necessidade de ser tão séria na hora da piada.

De repente, Karina teve uma ideia e sorriu, achando graça de algo.

Ademir ficou curioso e perguntou:

— O que você está rindo?