Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida romance Capítulo 419

— Você não precisa saber. — Karina, tentando suportar a dor, retirou a mão.

Ele não precisava saber?

Ademir estreitou os olhos, que eram lindos e penetrantes:

— Você é minha esposa, sua mão está machucada, e eu não preciso saber?

— Tem algum problema? — Karina sorriu levemente, sem que sua voz demonstrasse qualquer alteração emocional, tão tranquila quanto se estivesse apenas enunciando um fato. — Você passou a noite com a Vitória comemorando o aniversário, e eu também não sabia, não é?

O quê?

Mais do que um sentimento de culpa, Ademir estava surpreso. Comemorando o aniversário juntos?

Aproveitando que ele estava absorto, Karina sacudiu o braço e subiu as escadas.

Aniversário?

Ademir franziu a testa, lembrando de repente que era o seu aniversário.

Então, Karina o convidou porque queria comemorar seu aniversário?

Ele se arrependeu imediatamente ao pegar o celular e discar um número.

— Ademir. — Do outro lado da linha, era Bruno.

Ele estava com Karina o tempo todo. Se Karina queria fazer uma surpresa para ele, Bruno, com certeza, não poderia estar completamente alheio.

— Eu preciso te perguntar. — Ademir, tentando controlar a raiva, falou com uma voz tensa. — Você sabia que a Karina queria comemorar o meu aniversário?

— Sabia, sim.

— E por que você não me falou? — Ademir gritou, furioso.

Talvez estivesse descarregando sua frustração em Bruno, ou talvez estivesse realmente muito irritado.

— Isso... — Bruno hesitou, não podendo transferir a culpa. — A Karina disse que queria te fazer uma surpresa. E eu achei que uma surpresa não deveria ser revelada antes, né?

Imediatamente, Ademir ficou em silêncio, sem saber o que dizer.

— E tem mais. — Bruno não tinha terminado ainda. — Ademir, a Karina te contou sobre o presente?

Ainda tinha presente?

— Que presente?

— Bem... — Bruno hesitou novamente. — Ademir, talvez a Karina queira te contar pessoalmente. Eu até poderia dizer, mas... Se eu falar, vai estragar a intenção dela. Que tal esperar um pouco?

A cada palavra, Ademir sentia mais arrependimento.

— Mas, Ademir... — Bruno continuou. — O que eu posso te dizer é que, para o presente, a Karina se dedicou muito. Ela fez tudo com as próprias mãos.

Fez com as próprias mãos?

Ademir ficou parado por um momento, não muito surpreso.

Ele sabia que Karina era atenciosa. Ela já havia feito uma camisa para ele com as próprias mãos no passado.

Mas o que o fez pensar foi o estado das mãos dela. A ferida em suas mãos... Seria por causa do presente que ela estava fazendo para ele?

Ademir fechou os olhos por um instante e disse, com um suspiro:

Karina, já de banho tomado, falou do outro lado:

— Eu não quero abrir a porta. Hoje, quero dormir sozinha.

Dormir sozinha?

Ademir não podia aceitar isso. Como um casal recém-casado poderia dormir separado? Sabendo que ela estava magoada, ele sabia que precisava fazer algo para fazer ela se sentir melhor:

— Abra a porta primeiro. Eu preciso conversar com você.

— Então, fale aí. Eu consigo ouvir desse lado da porta.

Porém, o tom de Karina sugeria que ela não queria lhe dar a chance de falar cara a cara.

Não, ele não permitiria que o conflito se agravasse. Se não entrasse naquele quarto naquela noite, a situação só pioraria.

Ademir se virou rapidamente e desceu as escadas.

Dentro do quarto, Karina estava atenta, tentando ouvir algum som. Mas, de repente, tudo parecia ter ficado silencioso.

Ela suspirou de alívio, mas ao mesmo tempo, seu coração apertou ainda mais.

Era culpa dela.

Deveria ter pensado melhor antes de se empolgar tanto com a ideia de comemorar o aniversário dele e de preparar um presente.

Ela se perguntava: será que ele precisava disso?

Agora, refletindo, ela percebeu que Ademir nunca havia mencionado o aniversário na frente dela.