Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida romance Capítulo 440

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— Não precisa, eu posso voltar sozinha.

— Faça o que eu digo. — Ademir não deixou espaço para recusa. — Deixe o Enzo te levar, as coisas já estão suficientemente complicadas. Não me deixe ficar ainda mais preocupado, está bem?

— Então, vou ouvir você. — Vitória assentiu docilmente, aceitando a sugestão.

Depois que a viu partir, o semblante de Ademir ainda estava tenso. Seus pensamentos estavam ocupados com as palavras de Vitória. Eunice encontrou o Catarino sozinho... Mas por que ele estava sozinho? O que havia acontecido antes disso?

...

No quarto, tudo estava quieto.

Catarino, já medicado, ainda não havia acordado. Karina, debruçada sobre a cama, também havia adormecido.

Ademir se aproximou, se curvou e cuidadosamente levantou Karina, colocando-a sobre o sofá-cama ao lado.

Karina franziu a testa, emitindo um som baixo.

Ademir se assustou, achando que havia acordado ela.

Mas Karina não despertou. Ela logo se acalmou novamente, embora continuasse com as sobrancelhas franzidas, como se estivesse sonhando de maneira preocupada.

Ademir estendeu a mão e, com suavidade, passou os dedos pelos cabelos bagunçados dela.

— Mamãe... — Subitamente, Karina murmurou baixinho.

Ademir parou por um instante, ouvindo ela chamar novamente, com um tom de voz ainda mais suave:

— Mamãe, mamãe, uhn...

Sua voz soou embargada, como se estivesse tentando controlar o choro.

Com os olhos fechados, lágrimas começaram a escorrer pelo canto de seu rosto.

Karina sentia falta de sua mãe.

Nos momentos de fragilidade e tristeza, era natural que se procurasse a figura materna. Isso era algo instintivo, algo que vinha do fundo da alma.

Ademir olhou para o rosto sereno de Karina, seu coração se encheu de carinho.

Sem pensar duas vezes, ele deitou ao lado dela, envolvendo ela em um abraço suave. Suas mãos começaram a acariciar delicadamente as costas dela, um movimento repetitivo e paciente, transmitindo toda a calma e gentileza que ele podia oferecer.

Aos poucos, Karina foi se acalmando. Seus olhos, ainda um pouco borrados pelas lágrimas, começaram a se abrir lentamente. A luz do ambiente a incomodava, mas ela não demorou a perceber quem estava ao seu lado.

Ela se mexeu levemente, tentando limpar o rosto com a mão.

— Não use as mãos. — Ademir segurou a mão dela, retirando um lenço do bolso. — Deixe-me limpar para você.

Seus movimentos foram lentos e cuidadosos, quase como se temesse que qualquer gesto brusco a machucasse.

Karina se sentiu imensamente reconfortada com o toque dele transmitindo uma sensação de segurança e carinho. Sua mente, antes turva, foi se clareando lentamente, até que ela finalmente se deu conta de que Ademir estava ali, deitado ao seu lado.

— Como... Como viemos parar aqui? — Seus olhos, ainda meio sonolentos e embaçados, buscaram entender a situação ao seu redor.

Ademir, com a calma habitual, respondeu de maneira simples e afetuosa:

— Você estava preocupada, então fiquei aqui. Não se preocupe, você está bem.

Ela imediatamente franziu a testa, esticando os braços para se levantar, demonstrando total resistência.

— Não me impeça, eu quero levantar.