Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida romance Capítulo 443

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— O que aconteceu comigo?! Você não sabe? — Karina mordia os dentes, a voz tremeu incontrolavelmente assim que abriu a boca. — Não precisa saber! Só te peço uma coisa: se for para morrer, morra logo! Quem sabe, por você ter me dado uma vida, eu até possa me lembrar de você!

Com isso, ela desligou o telefone.

Levantou a cabeça, piscou os olhos e se esforçou para conter as lágrimas que estavam prestes a cair.

Nenhum deles, além do Catarino, fosse Lucas ou Ademir, conseguiria fazer com que ela derramasse uma única lágrima!

...

Nos dois dias seguintes, Karina permaneceu no hospital ao lado de Catarino.

A lesão na cabeça dele não era grave; bastava trocar o curativo todos os dias.

O psicólogo contratado por Ademir era excelente, e Catarino estava se recuperando melhor do que ela imaginava.

Embora ainda não falasse, ela sabia que não deveria apressar as coisas. Isso tinha que ser feito aos poucos.

Era manhã, por volta das dez horas.

Karina observava Catarino enquanto ele recebia o curativo, e aproveitava para conversar com ele:

— Catarino, daqui a pouco a irmã vai sair um pouquinho, não vai poder ficar com você. Você não quer saber para onde a irmã vai? — Ela falava sozinha, pois Catarino não respondia. — Vai ser para ver a mamãe.

Imediatamente, seus olhos se encheram de lágrimas.

Ela acariciou suavemente a cabeça de Catarino, e ele não resistiu. Era um sinal do seu subconsciente, algo que aceitava a presença da irmã.

Ao falar de sua mãe, Karina não conseguiu segurar as lágrimas.

— O Catarino ainda lembra da mamãe? — Catarino não reagiu. — Parece que nosso Catarino não lembra mais, né? Mas não é culpa dele, a mamãe foi embora quando ele ainda era muito pequeno, ainda nem tinha um ano.

Karina retirou a mão, mas, de repente, Catarino a segurou, sem tirar os olhos dela.

Mas ele não conseguia dizer nada.

— Não quer que a irmã vá? — Karina sorriu com alegria. — A irmã não vai agora. Vai esperar o Catarino dormir, e quando você acordar, eu volto. Combinado?

Ao ouvir isso, foi possível perceber que Catarino se acalmou.

O psicólogo estava certo, a irmã era a pessoa em quem Catarino mais confiava e dependia. O melhor tratamento para ele era, sem dúvida, a presença dela.

— Catarino, pode ficar tranquilo, a irmã vai ficar com você, não vou te deixar sozinho.

Com o tempo, Catarino fechou os olhos e adormeceu, ainda segurando a mão de Karina, mas acabou soltando ela.