Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida romance Capítulo 448

— Como eu poderia te culpar? — Karina sorriu, com lágrimas nos olhos. — Dr. Felipe, você fez tudo por mim, só tenho gratidão. Muito obrigada, professor.

— Não precisa me agradecer. — Felipe também tinha os olhos um pouco marejados. — Se alguém tem que ser agradecido, esse alguém é você. Crescer com tanta força, apesar de todas as dificuldades, foi você quem não desistiu de si mesma.

— Sim. — Karina concordou, tocada pelas palavras dele, e acenou com a cabeça.

Felipe prosseguiu, com um sorriso caloroso:

— Se o pedido para isenção de exames de pós-graduação for bem-sucedido, você se tornará oficialmente médica do Hospital J. Isso significará que tanto sua formação quanto sua carreira estarão encaminhadas para o sucesso. Agora, é só termos paciência e esperarmos pelo resultado.

— Sim. — Karina respondeu, cheia de esperança. Depois, saiu do escritório e percebeu que seu celular não parava de tocar em seu bolso.

Ainda absorta pela felicidade, ela atendeu ao telefone sem nem sequer ver quem estava ligando.

— Karina. — Era a voz de Ademir. — Você já terminou? Estou te esperando aqui embaixo.

— Ok. — Respondeu ela, rapidamente, desligando o telefone e correndo para a rua.

Ao sair, viu Ademir logo ali, na calçada. Não conseguiu evitar e apressou o passo, quase correndo até ele.

— Não corra! — Ademir chamou, mas ela não o ouviu. Completamente alheia ao aviso, Karina correu até ele e, sem hesitar, o abraçou, colocando a cabeça sobre seu peito.

Imediatamente, Ademir ficou imóvel, como se tivesse sido paralisado.

Mas, preocupado com ela, ele tocou o rosto dela, tentando entender o que estava acontecendo:

— Eu te disse para não correr... Como você não me escuta?

— Ademir... — Karina ergueu o rosto, e, embora seu sorriso fosse visível, seus olhos estavam cheios de lágrimas.

De repente, como se não conseguisse mais se controlar, as lágrimas começaram a cair.

— Karina! — Ademir ficou assustado, completamente sem saber o que fazer. Ele não entendia o motivo de tantas lágrimas.

O que teria acontecido para ela chorar assim, tão de repente?

— O que aconteceu? — Ele olhou em volta, preocupado, sem saber o que poderia ter causado aquilo. — Algo aconteceu no hospital? Alguém te tratou mal? Algum paciente fez você se irritar?

Karina continuou a chorar, sem conseguir falar uma palavra.

— Fale, Karina! — Ademir ficou ainda mais nervoso, desesperado. — Quem foi que te fez chorar assim?

— Não, não é isso... — Karina apertou com força a camiseta dele, tentando controlar o riso ao ver o desespero no rosto de Ademir.

Ele ficou sem palavras. O que estava acontecendo? Como ela estava chorando, mas agora começava a rir?

— Por enquanto, não... A questão da pós-graduação ainda não está resolvida, e meu trabalho no hospital também não está certo. Eu ainda não sou uma funcionária oficial, então se eu convidar todo mundo, vai parecer meio exagerado.

— Entendi. — Ademir assentiu. — Então vamos esperar tudo se acertar primeiro. Depois a gente faz uma grande comemoração.

Ele segurou a mão dela e sorriu com carinho.

— Agora, vamos comemorar de outro jeito, só nós dois. Vamos jantar juntos. O que você gostaria de comer?

— Na verdade, não estou com fome agora. — Karina se virou para tocar suavemente a barriga. — O Lourenço está fazendo aniversário hoje, e ele está pagando o jantar. A comida foi mais tarde, e depois teve bolo. Já comi bastante.

— Ah, é? — Os olhos de Ademir brilharam com um brilho misterioso, os cantos dos lábios se curvando para baixo, enquanto ele estreitava os olhos perigosamente. — Então é por causa desse tal Lourenço que você não vai jantar comigo hoje?

Karina ficou sem palavras, sem saber como reagir.

— Não faça esse tipo de cena! — Ela tentou se esquivar, mas não conseguiu esconder o sorriso divertido.

— Eu vou fazer sim! — Ademir disse, de repente a pegando no colo, fazendo ela rir ainda mais. — Não importa o que aconteça, estou chateado e agora você tem que me deixar feliz!

Karina, divertida e feliz, falou:

— Então, Sr. Ademir, como posso te fazer feliz?