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Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida romance Capítulo 477

Ademir beijava com intensidade, como se carregasse uma emoção profunda, algo como uma forma de desabafo. Desabafava sua própria insatisfação.

Então, Ademir mordeu Karina, mas claro, foi uma mordida leve. Karina, por si só já aborrecida, ficou ainda mais irritada com a mordida. Abriu a boca e lhe revidou com uma mordida feroz.

Enquanto o homem mordeu suavemente, Karina, por outro lado, não hesitou em morder com força.

Ademir sentiu a dor e emitiu um som baixo. No entanto, não afastou os lábios. Ao contrário, o beijo se tornou ainda mais forte.

"Esse homem enlouqueceu?"

Não havia muito o que ela pudesse fazer, pois quanto mais forte Ademir a beijava, mais ela se esforçava para morder com mais intensidade.

Até que o gosto de sangue preencheu sua boca e, finalmente, Ademir não aguentou mais e se viu forçado a se afastar.

Karina levantou os olhos e viu que o canto da boca de Ademir estava manchado de sangue. Mas ele ainda estava sorrindo.

Ademir levantou a mão, passou os dedos pela boca, que estavam manchados de sangue, e disse:

— Que força, você realmente não hesitou em me morder.

Karina ficou um pouco envergonhada, não esperava que fosse morder tão forte.

Mas seria isso culpa dela?

Karina olhou para Ademir com reprovação:

— Quem mandou você me beijar? Foi culpa sua!

— O quê? — Ademir apertou os olhos finos, tornando difícil distinguir se era raiva ou satisfação. — Agora não posso nem beijar a minha própria esposa?

Ademir parecia ainda irritado. Depois de falar, saiu rapidamente do banheiro.

— As roupas estão lá fora. Você mesma escolhe.

Quando Karina foi até a sala, foi que percebeu o motivo de Ademir estar tão furioso.

Aquela idiota da Patrícia havia enviado toda a bagagem de Karina para o hospital.

Karina se aproximou da mala, abriu ela e pegou uma roupa para trocar.

Quando saiu, percebeu que o quarto estava vazio.

Onde estaria Ademir?

Ao olhar novamente, viu ele na varanda, fumando. Através do vidro, pôde perceber o ar de tristeza em seu rosto.

Karina não se importou com ele. Foi até a cama de acompanhante e se deitou. Seus cabelos ainda estavam molhados, mas ela não quis secá-los. Se deitou do jeito que estava.

Ademir não negou, apenas assentiu com a cabeça.

Ele então perguntou, com um tom suave:

— Eu vou continuar sendo assim com você, cuidando bem de você, e, no futuro, cuidando também do nosso filho.

— Sério? — Karina sorriu mais ainda, levantando a mão e colocando ela suavemente no peito dele.

— Sim. — Ademir respondeu calmamente, mas seus olhos estavam brilhando de uma ternura imensa. Ele continuou, como se estivesse tentando acalmá-la. — Então, fique comigo. Não fale mais sobre essa coisa de ser um casal de fachada, e muito menos sobre querer me deixar. Promete para mim?

Karina soltou uma gargalhada, os olhos se curvando em um sorriso largo. Ela balançou a cabeça, ainda rindo:

— Sr. Ademir, suas palavras realmente são de fazer o coração bater mais rápido. Não é à toa que eu cometi tantos erros por sua causa.

— Erros? — Ademir arqueou a sobrancelha, segurando o queixo dela com firmeza. — Ficar apaixonada por mim é um erro?

— É. — Karina sorriu, mas agora seu sorriso estava mais amargo. — Você é um bom homem, mas o problema é que você não gosta de uma só mulher. Mesmo que você seja ótimo, não adianta, porque você não é meu só.

— Karina...

— E outra coisa. — Karina continuou, com um tom resoluto. — Eu já disse que tudo isso ficou no passado. Daqui para frente, eu não vou cometer mais esse tipo de erro. Então, você não precisa mais perder tempo comigo.

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