Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida romance Capítulo 485

— Não me diga mais nada, é o fim. — Karina, segurando a bolsa, se levantou.

— Karina! — Lucas, aflito, puxou ela com força. — Não, não vá!

Lucas realmente não sabia o que mais fazer.

As palavras já haviam sido ditas, e sua filha ainda se recusava a ceder! Lucas compreendeu, desesperado, que sua filha o odiava!

Odiava ele profundamente!

Parecia que suplicar não adiantaria.

Lucas apertou os dentes e sorriu:

— Vai embora assim, é isso que você quer?

— O quê? — Karina não entendeu o que Lucas quis dizer.

Lucas falou:

— Eu não tenho muito tempo de vida, a casa e o dinheiro, se você não quiser, no final, tudo ficará com sua irmã...

Ao ouvir essas palavras, Karina ficou paralisada.

Essas palavras afetaram profundamente seu julgamento.

Lucas continuou:

— Quando sua mãe estava comigo, ajudando a fundar a empresa, tudo o que temos aqui é metade dela. Você realmente não quer nada disso?

Karina ficou em silêncio.

Com as mãos apertadas, ela se manteve quieta.

Era verdade, sua mãe tinha ajudado Lucas a fundar a empresa, e depois de tanto esperar pelo sucesso dele, acabou morrendo antes de poder aproveitar.

E Eunice, como uma ladra, tomou tudo o que deveria ser da mãe!

Karina não disse nada, mas Lucas percebeu que sua filha estava hesitando.

Lucas suavemente segurou a mão de Karina e colocou a bolsa em suas mãos:

— Segure, essas coisas sempre foram suas, são suas e do Catarino.

Karina ficou em silêncio, abaixando a cabeça.

Por fim, não recusou mais.

Enquanto isso, em um canto distante, Bruno observava tudo, aterrorizado.

Apesar da distância, ele não conseguia ouvir o que estavam dizendo, mas Lucas estava segurando a mão de Karina! Como isso era possível?

Bruno rapidamente pegou o celular e, apontando para os dois, apertou o botão para tirar uma foto.

Em seguida, enviou a foto para Ademir.

Ademir acabava de terminar uma reunião com dois colegas de trabalho e decidiu parar para descansar por um momento.

Ao abrir o celular, viu a foto enviada por Bruno.

— Não precisa. — Karina balançou a cabeça, sem expressão no rosto. — Tem algo que preciso deixar bem claro para você.

— Pode falar.

— Eu peguei as coisas, mas isso não significa que nossa relação tenha mudado em nada. Você entende?

Anos de indiferença, feridas profundas... Isso não poderia ser curado por nenhuma quantidade de dinheiro.

Lucas sorriu amargamente e assentiu.

— Eu entendo.

— Que bom.

Karina olhou para o rosto pálido dele e quase perguntou sobre o tratamento, mas se conteve.

De que adiantava se importar, se essa preocupação não mudaria nada?

— Então, eu vou indo.

— Tá bem.

Karina se virou e seguiu em frente, sem olhar para trás.

Embora não tenha virado o rosto, podia sentir os olhos de Lucas fixos nela...

O sentimento era complexo.

Quando virou a esquina, Karina não seguiu pela Rua Alameda, mas pegou o ônibus.