Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida romance Capítulo 492

Karina ficou paralisada, olhando fixamente para as costas de Ademir, sem saber o que fazer.

"Ele vai pensar? Como ele vai pensar?"

...

Depois daquele dia, Karina passou a morar na Rua de Francisco Antônio.

Todos os dias, ela ia a pé para o Hospital J, vivendo de acordo com o plano que havia feito.

E Ademir não voltou mais para perturbá-la.

No entanto, não sabia por que, mas Karina sentia algo estranho, uma sensação de medo que a tomava sem explicação.

Ela não conseguia identificar exatamente o que era.

Naquela tarde, durante o intervalo, Karina decidiu pegar um táxi até as colinas verdes.

Ao chegar, o segurança na porta a olhou, surpreso.

— Irmã do Catarino, o que você está fazendo aqui?

Karina, sem perceber nada estranho, ouviu o segurança continuar.

— Será que o Catarino deixou algo por aqui? Você veio pegar?

— O quê?

A frase parecia completamente errada.

Karina franziu a testa e perguntou:

— O Catarino deixou alguma coisa aqui? Onde?

— O quê? — O segurança estava tão confuso quanto ela. — Você não veio pegar algo? Então, você veio por quê...

— Claro que vim ver o Catarino.

— Isso... — O segurança ficou atordoado, completamente surpreso. Ele não conseguia acreditar. — Irmã do Catarino, você não sabe que ele se mudou?

Karina ficou paralisada, o corpo inteiro se tencionando:

— O que você disse? O Catarino se mudou? Para onde?

— Isso... — O segurança balançou a cabeça, também perplexo. — Não sei, não. Você pode perguntar aos médicos e enfermeiros lá dentro. Talvez eles saibam...

— Certo!

Karina apressou-se em entrar e logo encontrou os médicos e enfermeiros.

Mas, como o segurança, todos pareciam igualmente sem saber para onde Catarino tinha ido.

— Também não sabemos. Quem tratou disso foi a Cecília. Ela disse que foi ideia do Sr. Ademir e sua, transferir o Catarino para uma clínica de reabilitação melhor, mas onde exatamente, ela não nos falou.

Foi Ademir!

Karina de repente entendeu tudo.

Então, todos esses dias em que ela sentiu tanto medo, não era paranoia dela! Ela não estava se preocupando à toa!

Ela de repente se lembrou das palavras de Ademir.

Desligando o telefone, Karina correu de volta para o Hospital J. Não precisou de mais detalhes, foi direto para a ala de cirurgia.

No final do corredor, o quarto mais luxuoso, o mais exclusivo.

Karina parou na porta, olhando para dentro através da janela de vidro.

Vitória estava na cama, envolta em ataduras, enquanto Ademir estava ao seu lado.

Com uma tigela de sopa nas mãos, ele soprava delicadamente sobre a superfície para esfriá-la.

Quando a sopa estava morna, ele a levava até os lábios de Vitória.

Não se podia ouvir o que Ademir dizia, mas seus lábios se moviam suavemente, e sua expressão estava cheia de carinho.

Então, Vitória, obediente, segurou a colher com a boca.

Ademir repetia o movimento, lento e paciente, como se fosse uma rotina tranquila, cheia de cuidado.

— Karina, você chegou.

Júlio estava atrás dela, ele tinha se afastado por um momento.

— Sim. — Karina respondeu, sem expressão, apenas assentindo com a cabeça antes de virar-se. — Por favor, diga ao Ademir que eu quero vê-lo.

— Claro.

Júlio concordou e começou a entrar na sala, mas ao olhar para dentro do quarto, seu coração imediatamente se apertou.

Será que Karina tinha visto tudo?