Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida romance Capítulo 537

Isso era tão sério assim?

Rui não teve mais como recusar e logo arranjou um carro para Karina. Bruno ajudou a colocar a mala no porta-malas.

— Tio Rui, Wanessa, Bruno, eu vou embora. — Karina se abaixou, entrou no carro, acenou e subiu o vidro da janela. Ela observou a cena enquanto o carro se afastava.

Na porta de casa, os três se olharam, sem saber o que fazer.

Rui foi o primeiro a falar:

— Bruno, você sabia de alguma coisa? O que aconteceu entre eles?

— Isso... — Bruno hesitou, mas acabou contando o que sabia. — Foi mais ou menos assim...

Rui e Wanessa ficaram em silêncio, surpresos.

Ao mesmo tempo, ambos disseram, quase em uníssono:

— Isso é impossível! Não pode ser! Como a Karina faria algo assim?

Bruno também parecia incrédulo, mas, se não tivesse visto com seus próprios olhos...

Dentro do carro, Karina abraçou seus próprios braços, sentindo o silêncio pesado ao seu redor. Estava tudo tão quieto que ela sentia um frio cortante, não, não era apenas frio, era uma sensação gelada que se espalhava pela sua pele até atingir seu coração.

Ela fechou os olhos, mas não conseguiu impedir que as lágrimas começassem a brotar.

Era o fim.

Sim, realmente havia terminado.

O casamento deles, desde o início, nunca foi estável, e a separação parecia ser apenas uma questão de tempo.

Mas Karina nunca imaginou que seria dessa forma tão humilhante.

Será que o Ademir a odiaria para sempre?

Será que ele ainda se lembraria dela?

Provavelmente não.

O que uma parceira infiel teria de tão valioso que pudesse ocupar um lugar na memória de Ademir?

Karina baixou a cabeça, escondendo o rosto nos braços, e as lágrimas começaram a escorrer sem parar.

Ela não era do tipo que chorava fácil, mas havia momentos em que a dor era insuportável.

A tristeza tomava conta de seu ser, e ela não conseguia mais controlar os soluços.

O motorista, que observava Karina no retrovisor, ficou preocupado ao vê-la chorando tão intensamente, ainda por cima grávida. Temia que algo pudesse acontecer.

— A senhora está bem? Quer que eu a leve ao hospital?

— Não, não precisa. Obrigada. — Karina parou de chorar por um instante, surpresa com a pergunta.

Ela balançou a cabeça e, com um esforço, parou de chorar, levantando a mão para limpar as lágrimas.

Esse fim foi algo que Karina buscou, de certa forma. Chorou o suficiente.

Mas...

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