Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida romance Capítulo 577

Karina entendeu o que Ademir queria dizer.

Mesmo que Sílvia mudasse de versão e admitisse que havia mentido, já que o escândalo foi tão grande, mesmo que a situação se resolvesse, Karina ficaria com uma mancha indelével nesse episódio.

— Mas... Você tem alguma prova?

Nem Karina, a própria vítima, tinha como apresentar provas.

— Ainda não vou te contar sobre isso. — Ademir sorriu. — Quando tudo estiver resolvido, você vai saber.

Enquanto falava, Ademir colocou mais comida no prato de Karina.

— Coma mais um pouco, você tem emagrecido ultimamente?

— Emagreci?

— Sim.

Depois do jantar, Ademir a levou de volta à Rua de Francisco Antônio e seguiu para o Restaurante Ocean.

Filipe e os outros estavam lá, e Estêvão também.

Estêvão não estava ali para socializar; ele tinha vindo especificamente para esperar por Ademir.

— Sr. Ademir.

— Se sente. — Ademir desabotoou o paletó e se jogou no sofá. — Como está a situação?

— Indo bem. — Estêvão respondeu. — Os documentos entregues pela Sra. Barbosa e pela Sílvia já foram enviados para o departamento de perícias.

— Quanto tempo até sair o resultado?

— Não sei ao certo. Já pedi para apressarem o processo.

— Bom.

De canto de olho, Filipe observava tudo e não conseguiu evitar um leve sorriso de desdém.

Hugo estava encostado no balcão, bebendo uma dose de álcool.

— O departamento de perícias foi acionado para uma simples acusação falsa sobre um trabalho, será que o Ademir não está exagerando um pouco?

— Deixe ele exagerar. — Filipe fez um gesto com a cabeça. — Não percebeu? Depois que começou a mexer com isso, ele ficou muito mais animado.

— Isso é verdade.

Nos últimos tempos, Ademir tinha se afundado em álcool e cigarro. Se continuasse assim, seu corpo não aguentaria por muito tempo.

Filipe suspirou:

— O Ademir realmente gosta dessa sensação de dependência pela Sra. Barbosa.

— Isso é uma espécie de fetiche?

— Eu não me sinto tranquilo. — Ademir não escondia seus sentimentos, e, ao lado de Karina, ele desacelerou o passo para caminhar mais devagar, acompanhando ela. — A Sílvia também vai vir. Tenho receio de que ela possa te machucar.

Esse receio não era infundado, pois, quando alguém estava em um momento de fracasso, não era possível prever o que poderia acontecer.

Karina entendeu, mas a sensação que sentia era um pouco estranha.

"O Ademir está sendo tão bom comigo..."

Porém, ao refletir, Karina percebeu que, já que havia aceitado a ajuda dele, não faria diferença essa pequena caminhada. Recusar seria dar a impressão de que ela tinha algo em mente.

Então, sem dizer nada, Karina simplesmente aceitou a companhia de Ademir em silêncio.

Na porta do escritório da faculdade, Karina finalmente encontrou Sílvia.

Sílvia tinha chegado antes, também por causa da notificação.

Ao ver Ademir ao lado de Karina, Sílvia franziu a testa.

De repente, Sílvia ficou insegura.

"Será que podemos realmente vencer, como a Hana disse?"

A porta do escritório se abriu, e um jovem professor apareceu:

— Karina, Sílvia, podem entrar. — Ele olhou para Ademir. — Você não pode entrar, fique aqui fora esperando.