Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida romance Capítulo 593

Karina ainda não tinha reagido. Ofegante, ela ergueu o rosto para olhar Ademir, os olhos tomados pelo medo.

Não conseguia nem imaginar o que teria acontecido se tivesse caído.

— Se assustou? — A voz de Ademir carregava um misto de culpa e carinho. Na verdade, ele também tinha se assustado.

Com o queixo apoiado na cabeça de Karina, ele murmurou baixinho:

— Desculpa, foi erro meu.

Mesmo que Karina tivesse recusado, Ademir deveria ter tido discernimento.

Numa situação dessas, como pôde simplesmente seguir a vontade dela?

Após refletir por um instante, ele estendeu os braços e, sem mais hesitação, a pegou no colo.

A súbita sensação de estar suspensa no ar fez Karina soltar um grito, e, por reflexo, ela agarrou o pescoço de Ademir.

Como um gatinho preguiçoso, se aconchegou obedientemente nos braços dele.

O coração de Ademir se aqueceu.

— Vou te levar até o carro. É rapidinho.

Ao dizer isso, sentiu um leve arrependimento.

Não deveria ter permitido que estacionassem tão perto... No fim, eram só alguns passos.

Júlio, que já os aguardava ao lado do veículo, abriu a porta imediatamente.

Ademir se abaixou e acomodou Karina no banco.

Foi então que ela percebeu que havia uma almofada no assento. Antes, não se lembrava de ter visto aquilo ali.

Será que... Tinham preparado especialmente para ela?

Logo depois, Ademir entrou no carro.

— Vamos, pode ir devagar. Sem pressa.

— Sim, Sr. Ademir.

O veículo arrancou suavemente. Lá fora, a neve caía intensamente, mas dentro do carro, o ambiente era acolhedor e aquecido.

Karina tirou o casaco, mas Ademir, ainda receoso de que ela sentisse frio, pegou um cobertor e a cobriu.

— A viagem leva uma hora. Durma um pouco.

Os olhos dela se fixaram nos traços marcantes do rosto dele, e, em um tom sereno, perguntou:

— O que você estava fazendo na Cidade L? E como soube que eu estava no hotel?

Não podia ser... Ademir tinha ido até lá de propósito? Por ela?

Com as sobrancelhas delicadas levemente franzidas, Karina parecia determinada a obter uma resposta.

Será que a febre voltou?

Preocupado, ele ergueu a mão e, com delicadeza, pousou os dedos sobre o rosto dela.

Felizmente, sua pele estava fria ao toque, sem sinais de febre.

Aliviado, Ademir afastou a mão, mas seus olhos continuaram fixos nela.

Sob o cobertor, Karina apertou as mãos, escondendo a inquietação.

Ela não estava dormindo.

Cada gesto de Ademir, ela percebeu. Mesmo sem abrir os olhos, podia sentir seu olhar sobre ela.

O coração, que há pouco tinha relaxado, voltou a se apertar.

O que Ademir queria com isso?

Ele já tinha negado, já tinha deixado claro que não sentia mais nada por ela.

Mas suas ações... Eram completamente diferentes das palavras que dizia.

Durante todo o caminho, nenhum dos dois disse mais nada.

Uma hora depois, estavam de volta a Cidade J.

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