Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida romance Capítulo 614

Naquele dia, elas haviam saído às pressas, sem dar uma boa explicação a Simão.

— Não precisa. — Patrícia sacudiu a cabeça. — Hoje é dia de semana, ele tem que trabalhar. Não é como a gente, que está sem nada para fazer.

De fato, fazia sentido.

Karina não insistiu mais.

O filme era bem mediano, e quando saíram do cinema, as duas estavam quase dormindo.

A Cidade J continuava coberta por uma forte nevasca.

— Está tão frio! — Patrícia disse animada, enlaçando o braço de Karina. — Vamos comer hot-pot? Estou morrendo de vontade de algo apimentado!

— Então vamos naquele de sempre.

— Ótimo!

Por sorte, elas já estavam perto do Restaurante Ocean.

Assim que pisou dentro do restaurante, Patrícia ficou paralisada.

— O que foi? — Karina perguntou intrigada, seguindo o olhar de Patrícia.

Não muito longe dali, Simão estava saindo do restaurante. Mas ele não estava sozinho.

Ao seu lado, havia uma jovem.

Os dois riam alegremente, e Simão, atencioso, segurava um casaco feminino e o colocava sobre os ombros da garota.

Era um gesto cuidadoso, delicado.

A forma como ele abaixava levemente a cabeça, seu olhar cheio de ternura... Era impossível não notar.

— Patrícia. — Karina segurou imediatamente a mão dela.

— O que foi? — Patrícia desviou o olhar e forçou um sorriso. — Tá vendo? Ainda bem que não o chamamos. Ele está ocupado.

Karina franziu a testa.

"Esse Simão... Não disse que não queria mais namorar? Então quem é essa garota?"

Ela precisava perguntar!

Um pouco irritada, Karina puxou Patrícia pelo braço:

— Vamos lá dar um oi.

Mas Patrícia resistiu e segurou ela de volta:

— Não! Eles estão num encontro. Vamos deixar os dois em paz!

— Patrícia...

— Vamos logo! — Patrícia insistiu, apertando a barriga. — Estou morrendo de fome. E você? Não está? Vamos comer, anda!

Era esse o ponto? Rosas não eram apenas uma questão de preço... Eram algo que não se dava a qualquer pessoa!

Karina deu dois passos à frente, levantando o rosto para encarar o homem.

Seu olhar carregava um misto de exaustão e impaciência:

— Sr. Ademir, o que o senhor quer?

Ademir abaixou os olhos, observando o rosto delicado e encantador de Karina.

De repente, se inclinou para perto dela, inspirando algumas vezes antes de sorrir:

— Você comeu hot-pot hoje à noite?

O quê?! Karina ficou paralisada. Como o olfato dele podia ser tão bom assim?!

— O que eu comi tem algo a ver com você? — Retrucou ela, desconfiada.

Ademir sorriu.

— Está brava? Está chateada porque não vim ontem? Foi por causa dos negócios. Eu ia te ligar, mas já estava tarde demais e não quis atrapalhar seu sono...

— Chega! — Karina o interrompeu, franzindo as sobrancelhas. Seu olhar se tornou frio. — Você tem noção do quanto está sendo estranho e fora do normal? Esse seu comportamento...

— Você realmente não sabe por que estou assim? — Ademir a cortou no mesmo tom.

Os dois se encararam, como se estivessem em uma disputa silenciosa, nenhum dos dois disposto a ceder.