Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida romance Capítulo 616

— Karina! — Ademir franziu a testa, segurando a mão de Karina com firmeza. — Estou falando de você agora!

— Certo, então fale de mim. — Karina ergueu a sobrancelha com um sorriso divertido, olhando para ele com calma. — Você acha que sou tão fácil de enganar? Que bastam algumas palavras suas para me fazer chorar de emoção e, no fim, aceitar ficar com você?

— Nunca pensei assim. — O amargor tomou conta de seu peito, e Ademir balançou a cabeça. — Estou preparado... Vou me dedicar e conquistar você de verdade...

— Nem vem! — Karina recusou sem hesitar, com uma firmeza límpida no olhar. — Eu não aceito!

O silêncio tomou conta do ambiente. Só restavam os dois, se encarando.

Os olhos negros de Ademir permaneceram fixos nela. Depois de um momento, ele sorriu de repente:

— Já imaginei que diria isso. Mas, Karina, você precisa entender que o fato de eu gostar de você... não está sob seu controle. Nem sob o meu.

Ele ergueu a rosa que trazia nas mãos e a estendeu diante dela.

— Foi enviada hoje de avião, direto do País B. Você gosta?

Karina ficou sem palavras. Será que Ademir realmente achava que ela estava com cabeça para admirar flores agora?

Sem nem lançar um olhar para a rosa, respondeu de imediato:

— Não gosto!

Ademir franziu as sobrancelhas.

"Ficou chateado? Ótimo. Agora que pegue suas flores e essa declaração esquisita e vá embora de uma vez!"

— Não gosta de rosas? — Ele apenas repetiu baixinho. — Entendi. Na próxima vez, escolho outra flor.

O quê? Karina ficou atônita. Era isso que ele tinha entendido?!

— Aqui. — Ademir então se virou e entregou a rosa para Patrícia, que esperava em silêncio ao lado. — Coloque ela num vaso para a Karina.

— Certo... — Patrícia assentiu, segurando a flor apressada, quase sem saber o que fazer.

Ademir olhou novamente para Karina e disse:

— Estou indo. Não vire a noite acordada, durma cedo.

Karina desviou o olhar, se recusando a encará-lo.

Ouviu apenas os passos se afastando, até desaparecerem.

— Ele foi embora. — Patrícia suspirou.

— Ótimo. — Karina permaneceu em silêncio por um instante, depois sorriu e disse com leveza. — Deixa para lá. Que estranho... Vamos entrar.

Karina pegou a chave, abriu a porta e entrou.

— Certo. — Patrícia a seguiu, segurando um grande buquê de rosas. Ao notar o olhar de Karina, perguntou imediatamente: — Você quer que eu jogue fora?

— Faça o que quiser.

— Tá bom. — No fim, Patrícia não teve coragem de se desfazer delas.

Patrícia assentiu e, depois de um instante, perguntou:

— Me diz uma coisa... Você não acredita no que ele sente por você ou simplesmente não aceita?

Karina ficou sem palavras. Pela primeira vez, hesitou em responder.

— Isso faz diferença?

— Claro que faz! Pense bem. — Patrícia deu um tapinha em seu ombro e se levantou. — Vou tomar banho primeiro. Depois é sua vez.

— Tá bom. — Karina baixou os olhos, encarando as rosas no vaso.

O vermelho vibrante das pétalas parecia brilhar diante dela.

Ergueu a mão e passou suavemente os dedos por uma das flores.

Em voz baixa, murmurou para si mesma:

— Eu gosto...?

Na verdade, ainda não tinha conseguido se acalmar por completo.

A declaração repentina de Ademir era como um bolo mal assado, doce demais, mas difícil de digerir.

"Aquilo realmente aconteceu agora há pouco?"

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