— Obrigado.
— De nada.
Catarino olhou para a bandeja de frutas e apontou para um dos compartimentos:
— Essa laranja é bem doce.
— É mesmo? — Karina sorriu, sem dar muita importância. — Você já experimentou, Catarino?
— Sim. — Catarino assentiu. — Foi o tio que trouxe.
Karina ficou paralisada por um instante, e seu sorriso se congelou.
Tio...
O único "tio" ao qual Catarino poderia estar se referindo era Lucas.
— Ele... — Karina umedeceu os lábios e hesitou antes de perguntar. — O tio veio te ver?
— Sim. — Catarino assentiu de novo. — Ele veio ontem à tarde.
Ontem...
Ou seja, assim que recebeu alta, a primeira coisa que fez foi vir visitar Catarino.
Estava apenas encenando ou realmente se preocupava?
Karina franziu a testa, se sentindo dividida.
— Irmã.
— O que foi? — Karina ergueu o olhar.
Catarino parecia um pouco envergonhado ao perguntar:
— O tio está bem agora?
O quê?
O coração de Karina disparou.
— Catarino, por que está perguntando isso?
— Foi o próprio tio que disse. — Catarino respondeu. — Ele ficou muito tempo sem me visitar porque estava doente.
O coração de Karina bateu ainda mais rápido.
Lucas disse isso a Catarino... O que ele estava tentando fazer?
— E ele te contou que doença era essa?
— Contou.
"O quê?"
Os olhos de Karina se arregalaram de espanto, e sua voz tremeu um pouco:
— O que ele disse?
Só à noite, depois de jantar com o garoto, finalmente se levantou para ir embora.
Por volta das sete da noite, começou a nevar de novo.
Uma fileira de postes iluminava a entrada, e sob a luz suave, um carro de luxo estava estacionado ali.
Karina o viu à distância.
Logo depois, a porta do carro se abriu, e Ademir desceu, abrindo um guarda-chuva enquanto caminhava em sua direção.
Ela permaneceu parada, sem se mover.
— Karina. — Ele se aproximou, segurando o guarda-chuva sobre ela. Com a outra mão, tirou o próprio cachecol e o envolveu em seu pescoço. — Está com frio?
— Está suportável. — Karina não resistiu, mas também não aceitou. Apenas sabia que recusar não adiantaria.
Discutir na frente da clínica não era apropriado.
Depois de ajeitar o cachecol nela, Ademir segurou sua mão.
— Vamos. Daqui a pouco a neve vai engrossar, e dirigir vai ficar mais difícil.
Karina não se moveu. Apenas o encarou, com um olhar perdido.
— O que foi? — Ademir abaixou os olhos para ela.
— Ademir... — A voz de Karina saiu fraca, quase como um suspiro. — O que mais você quer que eu faça? O que mais eu preciso dizer para você me deixar ir?
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida
Conseguiu assim, agora tbm tem que comprar moedas pra ler????...
Karina e Ademir 🤗🤗🤗...
O livro do Ademir...