Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida romance Capítulo 618

— Obrigado.

— De nada.

Catarino olhou para a bandeja de frutas e apontou para um dos compartimentos:

— Essa laranja é bem doce.

— É mesmo? — Karina sorriu, sem dar muita importância. — Você já experimentou, Catarino?

— Sim. — Catarino assentiu. — Foi o tio que trouxe.

Karina ficou paralisada por um instante, e seu sorriso se congelou.

Tio...

O único "tio" ao qual Catarino poderia estar se referindo era Lucas.

— Ele... — Karina umedeceu os lábios e hesitou antes de perguntar. — O tio veio te ver?

— Sim. — Catarino assentiu de novo. — Ele veio ontem à tarde.

Ontem...

Ou seja, assim que recebeu alta, a primeira coisa que fez foi vir visitar Catarino.

Estava apenas encenando ou realmente se preocupava?

Karina franziu a testa, se sentindo dividida.

— Irmã.

— O que foi? — Karina ergueu o olhar.

Catarino parecia um pouco envergonhado ao perguntar:

— O tio está bem agora?

O quê?

O coração de Karina disparou.

— Catarino, por que está perguntando isso?

— Foi o próprio tio que disse. — Catarino respondeu. — Ele ficou muito tempo sem me visitar porque estava doente.

O coração de Karina bateu ainda mais rápido.

Lucas disse isso a Catarino... O que ele estava tentando fazer?

— E ele te contou que doença era essa?

— Contou.

"O quê?"

Os olhos de Karina se arregalaram de espanto, e sua voz tremeu um pouco:

— O que ele disse?

Só à noite, depois de jantar com o garoto, finalmente se levantou para ir embora.

Por volta das sete da noite, começou a nevar de novo.

Uma fileira de postes iluminava a entrada, e sob a luz suave, um carro de luxo estava estacionado ali.

Karina o viu à distância.

Logo depois, a porta do carro se abriu, e Ademir desceu, abrindo um guarda-chuva enquanto caminhava em sua direção.

Ela permaneceu parada, sem se mover.

— Karina. — Ele se aproximou, segurando o guarda-chuva sobre ela. Com a outra mão, tirou o próprio cachecol e o envolveu em seu pescoço. — Está com frio?

— Está suportável. — Karina não resistiu, mas também não aceitou. Apenas sabia que recusar não adiantaria.

Discutir na frente da clínica não era apropriado.

Depois de ajeitar o cachecol nela, Ademir segurou sua mão.

— Vamos. Daqui a pouco a neve vai engrossar, e dirigir vai ficar mais difícil.

Karina não se moveu. Apenas o encarou, com um olhar perdido.

— O que foi? — Ademir abaixou os olhos para ela.

— Ademir... — A voz de Karina saiu fraca, quase como um suspiro. — O que mais você quer que eu faça? O que mais eu preciso dizer para você me deixar ir?

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