— Ademir!
— Tá bom, eu já entendi. — Ademir suspirou, se rendendo sem escolha. — Espero você tomar banho e deitar, depois eu vou embora. O banheiro é escorregadio demais, prefiro ficar aqui para garantir.
Que consideração, hein!
Karina, irritada, jogou os cabelos para trás e entrou no quarto.
Pouco tempo depois, ao sair do banho, viu Ademir já esperando com uma toalha seca nas mãos.
Antes que ela pudesse explodir, ele se adiantou:
— Só vou te ajudar a secar o cabelo e depois eu vou. Você cansa os braços se ficar levantando por muito tempo.
Karina lançou um olhar frio para ele.
— Sabia que você parece um chiclete?
Por mais que tentasse se livrar dele, não conseguia.
— Pois é. — Ademir não se ofendeu nem um pouco, pelo contrário, sorriu satisfeito. — Gosto desse tipo de elogio.
Karina ficou sem palavras.
Ela estava elogiando Ademir?
— Vem cá, deixa eu secar seu cabelo. Assim você dorme mais confortável.
Karina desistiu de responder. Apenas fechou os olhos e deixou ele fazer o que queria mesmo. Se não visse, talvez se sentisse melhor!
E assim os dias se passaram.
Ademir aparecia duas vezes por dia.
De manhã, sempre trazia o café da manhã. No almoço, como não podia vir, fazia com que Bruno entregasse a refeição.
À noite, ele vinha outra vez.
Às vezes, chegava cedo e jantava com Karina. Outras, vinha mais tarde, fazia companhia para o lanche da noite e, depois que ela tomava banho, ainda a ajudava a secar os cabelos.
Karina já havia tentado expulsá-lo inúmeras vezes, mas ele simplesmente não ia embora.
Naquela manhã, Karina foi ao Hospital J.
A instituição realizava uma cerimônia de boas-vindas para os novos funcionários, e como era uma das integrantes mais importantes da nova equipe, ela precisava estar presente.
Durante o evento, acabou encontrando Lourenço.
— Karina!
— Lourenço? — Ao reconhecer o velho colega, Karina sorriu animada. — Você ficou no hospital? Por que nunca comentou nada? Estamos no mesmo setor!
— Fiquei, sim, mas fiquei sem jeito de contar... — Lourenço coçou a cabeça, parecendo um pouco tímido. — Eu fiquei depois de me formar, mas ainda não sou um funcionário oficial do hospital. Não posso me comparar a você.
— Mas que bobagem é essa? Somos todos iguais.
Quem entendia do assunto sabia que permanecer no hospital após a graduação já era um grande feito e demonstrava competência.
Quanto ao cargo oficial, era apenas uma questão de tempo.
Karina nem precisou pensar. Como ultimamente não tinha compromissos, com certeza poderia comparecer.
— Eu menos ainda!
— Ótimo! Então fiquem atentos ao aviso do representante, ele vai passar o horário e o local.
— Beleza.
— Combinado!
Após a reunião, Karina seguiu o caminho de volta sem pressa. Como não estava trabalhando, acabava se movimentando pouco, então aproveitou a caminhada como uma forma de exercício.
Ao passar por uma cafeteria, decidiu entrar para comprar um copo de leite.
Havia uma fila, mas não era muito longa.
Em pouco tempo, só restava uma pessoa à sua frente.
No entanto, esse cliente parecia hesitante e não dizia o que queria.
— Senhor, por favor, o que deseja? — A atendente perguntou com um sorriso paciente.
O homem parecia constrangido, claramente sem saber como se expressar.
Karina, curiosa, ergueu o olhar para ele.
Era um homem muito bonito.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida
Conseguiu assim, agora tbm tem que comprar moedas pra ler????...
Karina e Ademir 🤗🤗🤗...
O livro do Ademir...