Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida romance Capítulo 7

Guiada por uma forte intuição, Karina se virou de volta.

Na entrada da mansão da família Costa, Vitória havia trocado de roupa e retocado a maquiagem antes de sair.

A porta do carro se abriu, e Ademir desceu, segurando um buquê de flores que entregou a ela.

Rosas vermelhas e vibrantes, representando um amor ardente.

— Que lindas! — Vitória pegou o buquê, sorrindo enquanto segurava o braço de Ademir.

Ademir, com toda a gentileza, abriu a porta do carro e a ajudou a entrar. Depois, os dois saíram juntos.

Quando o carro passou, Karina se virou para o outro lado. Seu coração estava batendo muito rápido.

Então, o encontro importante de Vitória naquela noite era com Ademir!

Ademir tinha dito que estava comprometido.

Então, era verdade!

A namorada dele era Vitória!

A família de Vitória deve estar sonhando de felicidade por ela ter um namorado como Ademir.

Mas, infelizmente para eles, Karina descobriu.

“Isso é um presente de Deus para mim?” Karina murmurou, cerrando os punhos.

Por que eles merecem viver uma vida tão boa, enquanto Karina e seu irmão vivem em sofrimento?!

Ela jamais permitiria que eles conseguissem o que queriam!

Sob a luz do poste, a sombra de Karina se alongava.

...

Na mesa de jantar, as velas tremeluziam.

Louça de porcelana fina, talheres de prata, tudo era de uma elegância impecável.

Atrás do biombo, a banda tocava silenciosamente.

Ademir e Vitória estavam sentados um de frente para o outro, ele serviu uma taça de vinho para ela.

— As coisas mudaram, estou pronto para me divorciar, os papéis serão finalizados em poucos dias.

Vitória levantou a cabeça bruscamente, seus olhos brilharam de alegria, mas logo se encheram de lágrimas, parecendo prestes a chorar.

Ademir olhou para ela, confuso:

— Por que está chorando? Não está feliz?

— Não é isso. — Vitória balançou a cabeça, lutando para conter as lágrimas. — Eu estou... estou tão feliz!

Vitória estendeu a mão para segurar a mão de Ademir:

— Vamos dançar? Para comemorar, pode ser?

Ademir, educado desde a infância, jamais recusaria um pedido desses de uma dama.

Ainda mais, vindo de sua própria mulher.

Ademir acenou com a cabeça e disse:

— Certo.

Os dois entraram na pista de dança, e Ademir pousou levemente as mãos nos ombros e na cintura de Vitória.

Vitória ergueu a cabeça para olhar para ele:

— Ademir, depois que você se divorciar, a gente vai poder se casar?

Ademir franziu levemente a testa, sem responder de imediato.

Mesmo com o divórcio finalizado, ainda seria necessário esperar até que seu avô se recuperasse, o que provavelmente levaria algum tempo.

Pensando que ele não estava feliz, Vitória explicou:

— Eu não estou te pressionando, só que, minha mãe disse que tem muitas coisas para preparar para um casamento...

— Não se preocupe. — Ademir ficou em silêncio por um momento, mas optou por seguir a vontade de Vitória. — Então, que sua mãe faça o que for preciso. Qualquer coisa que precisar, é só entrar em contato com Júlio.

Os problemas, ele deixaria para outra pessoa resolver.

A sua mulher, só precisava se preocupar em ser feliz.

— Tá bom!

Vitória ficou animada e colocou as mãos nos ombros dele. Seus olhos, sob a luz suave, estavam cheios de encanto.

Silenciosamente, ela o convidava.

Vitória lentamente se pôs na ponta dos pés, se aproximou dele e, então, fechou os olhos devagar.

O gesto, pedindo um beijo, era tão direto.

Ademir entendeu.

Ele segurou seu queixo, sentindo a textura suave da maquiagem e os lábios cobertos por um batom de cor vibrante...

Bastava inclinar a cabeça para beijar sua amada.

Mas, inexplicavelmente, Ademir não sentiu nenhum impulso.

Ele se lembrou de que naquela noite não tinha sido assim.

Naquela noite, aquela mulher não estava maquiada, sua pele era fresca e ela não usava um perfume forte.

De repente, a música parou abruptamente.

Ademir retirou as mãos.

— A música parou, a dança acabou, vamos comer, a comida vai esfriar.