Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida romance Capítulo 708

Era Júlia.

Karina estava nervosa ao discar o número do telefone da família Martins.

— Tia Júlia, por acaso o Túlio ainda está morando em casa ou ele está morando sozinho?

— Karina? — Do outro lado da linha, Júlia não esperava uma ligação dela e ficou muito emocionada. — O Túlio está em casa, sim. Quer vir ver ele?

— Está bem. — Karina desligou o telefone, o coração pesado.

Entrou no carro e, com voz firme, passou o endereço para Bruno:

— Não vamos para a Rua de Francisco Antônio ainda, me leve até esse endereço.

— Claro. — Bruno, sempre obediente, a levou até o local.

— Fique aqui na porta à minha espera. — Karina disse, antes de sair do carro.

Ela tocou a campainha e foi Júlia quem atendeu. Assim que a viu, apertou sua mão com ternura.

— Karina, você chegou! — A voz de Júlia estava suave. — Entre, entre, por favor.

— Tia Júlia... — Karina, agora muito nervosa, perguntou. — E o Túlio?

— Vem comigo. — Júlia a puxou suavemente e a conduziu até a sala de estar, apontando. — Ele está ali.

Do lado da janela, Túlio estava recostado na cadeira, com os olhos fechados. À primeira vista, parecia estar dormindo.

Mas, ao olhar com mais atenção, Karina percebeu que, apesar de estar deitado, os braços e as pernas dele estavam amarrados, presos à cadeira.

Karina ficou paralisada, levando as mãos à boca.

Ela olhou para Júlia, os olhos se enchendo de lágrimas.

— Isso...

Júlia também estava com os olhos marejados, balançando a cabeça, enquanto explicava com pesar:

— Não tivemos outra escolha... Se não fizermos isso, não sabemos como o Túlio vai reagir quando acordar. Ele não tem controle sobre si mesmo, pode ter uma crise a qualquer momento e até machucar a si mesmo.

— Como pôde acontecer assim? — Karina fechou os olhos, deixando que as lágrimas caíssem.

Ele estava assim, tão doente, mas diante dela nunca havia demonstrado esse sofrimento!

Talvez tenha ouvido o barulho, pois Túlio, de repente, acordou.

Primeiro olhou para a janela, depois, com um movimento brusco, começou a se debater:

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