Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida romance Capítulo 711

Karina ainda não tinha tempo de refletir mais sobre o assunto quando ouviu um barulho vindo de fora.

Ademir chegou?

Desde que havia concordado em ele ficar em sua casa, ela lhe entregou uma cópia da chave.

Ao sair para verificar, não demorou a confirmar: era ele, Ademir.

Ele havia deixado o café da manhã na mesa e, vindo da direção da sala de jantar, abriu os braços e a envolveu em um abraço apertado.

Sem nem dizer uma palavra sequer, ele segurou seu rosto e, se inclinando, a beijou profundamente.

Ela ainda estava com o frescor de quem acabava de se lavar, o hálito ainda mantinha o gosto leve e revigorante da higiene matinal.

Karina sentiu uma leve resistência:

— Eu ainda não terminei de me arrumar...

— Não importa. — A voz de Ademir estava rouca. — Mesmo sem se arrumar, você está maravilhosa. Eu não pude te abraçar enquanto dormia ontem à noite, eu senti tanto a sua falta!

Ademir explicou, como se tentasse se justificar:

— Eu cheguei tarde ontem e não queria te incomodar, por isso não fui até você.

Quanto à questão da segurança dela, quando ele trocou o colchão, mandou instalar câmeras de vigilância e, através de seu celular, podia acompanhar as imagens.

Se Karina se sentisse mal, ele seria o primeiro a chegar para ajudá-la.

Durante o café da manhã, Karina olhava para Ademir de vez em quando, mas não dizia nada.

Ele percebeu seu comportamento e se lembrou do que ela havia dito no telefone no dia anterior:

— Você mencionou algo que precisava me contar, o que é?

— Bem... — Karina mordiscou o garfo e, antes de continuar, respirou profundamente. — Ontem, eu fui ver o Túlio.

Ela contou tudo sobre a visita, tentando não se alongar demais para evitar que ele ficasse chateado, deixando de lado seus próprios sentimentos.

Como ela temia, a expressão de Ademir começou a escurecer.

— A tia Júlia disse que... — Karina observou o semblante de Ademir. — Ela espera que, se eu tiver um tempo, eu possa ir visitá-lo, a situação dele realmente está muito difícil.

Ambos caíram em um silêncio profundo.

Após alguns instantes, Ademir franziu a testa e falou:

— Se você quer saber a minha opinião, eu não concordo com isso.

— Por quê? — Embora soubesse que ele poderia reagir assim, Karina não pôde evitar sentir raiva.

Por que ele podia cuidar da Vitória e ela não podia visitar o Túlio?

— Não fique brava. — Ademir segurou a mão dela e lhe deu um beijo suave. — Não é que eu não confie em você, é que eu não confio na Júlia.

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