Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida romance Capítulo 782

— Sim, Sr. Pinto.

No segundo seguinte, Ademir pegou Karina nos braços e a levou até o carro do lado de fora.

Karina manteve os olhos fechados, ignorando ele por completo, com uma postura claramente de rejeição.

O coração de Ademir doía profundamente. Ele afagou os cabelos dela com ternura.

— Karina, é você quem eu amo. Agora, o que sinto é por você. Por favor, acredite em mim desta vez. Eu não a protegi, eu não fiz nada.

O lugar não era apropriado, o momento tampouco.

Ele nunca imaginou que acabaria dizendo tais palavras num espaço tão estreito quanto o interior de um carro.

— Se existe alguém por quem eu perderia a cabeça, por quem eu ignoraria as leis... Essa pessoa só poderia ser você.

Os cílios de Karina estremeceram suavemente, mas ninguém saberia dizer se ela acreditou naquelas palavras.

...

De volta ao hospital, a cirurgia havia terminado.

— Como ele está, doutor? — À porta da sala de cirurgia, Júlia e Zeca encaravam o médico com olhos cheios de ansiedade e fragilidade.

— A cirurgia foi um sucesso. — Respondeu o médico. — No entanto, se ele vai despertar ou não, isso já não podemos afirmar. Podemos dizer que, no momento, ele não corre risco de vida, e seu corpo está estável. Pode ser que acorde amanhã, ou depois de amanhã... Talvez em três anos, cinco anos... E, se a sorte não ajudar, ainda mais tempo...

— O que isso quer dizer? — O rosto de Júlia, que já estava pálido, foi perdendo ainda mais cor, se tornando totalmente lívido. Seus olhos se encheram de desespero. — Está dizendo que o Túlio entrou em estado vegetativo?

O médico assentiu e respondeu com sinceridade:

— Sim.

Naquele instante, o ar pareceu congelar, mergulhado em um silêncio absoluto.

Mas o médico precisava continuar:

— Os ferimentos foram realmente muito graves. O crânio fraturou, houve uma hemorragia extensa na cabeça. A família precisa saber da verdade e se preparar emocionalmente para um cuidado de longo prazo.

Karina ficou perplexa. Júlia... Não a culpava?

— Karina, eu não culpo você. Nós não podemos te culpar. — Júlia continuava chorando. — O próprio Túlio não teria coragem de te culpar, que direito tenho eu de fazer isso? Você é a vida dele! Ele preferiu arriscar a própria existência só para salvar a sua. Agora que ele está nesse estado, como podemos permitir que ele fique inconsciente e ainda em sofrimento?

— É isso mesmo. — Zeca abraçou a esposa e concordou com firmeza. — Já cometemos erros no passado com relação a vocês. Se não fosse por nós, vocês já estariam casados há muito tempo, vivendo felizes. Esse erro, não vamos repetir. Não te culpamos. E você também não deve se culpar. A culpa é do criminoso!

Zeca então olhou para Patrícia e disse:

— Ajuda a Karina a se levantar.

— Claro. — Patrícia estendeu a mão rapidamente. — Karina, vem, levanta.

Karina estava em choque. Eles... Realmente não a culpavam! Estavam até consolando ela!

Mas isso não a aliviou em nada. Pelo contrário, fez com que se sentisse ainda mais culpada.

O peito parecia apertado, como se o ar lhe faltasse, sufocando ela.