Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida romance Capítulo 786

O quê?

O olhar de Karina escureceu instantaneamente, um brilho de loucura dançando em seus olhos.

— Foi só isso? Ela se feriu tão pouco assim?

Ela achava que, mesmo que tivesse sobrevivido, Vitória acabaria aleijada! Mas o resultado... Foi só isso?

— Karina. — Ademir franziu o cenho com força, visivelmente aflito. — Você precisa entender que, quanto mais leve for o ferimento dela, melhor para você.

— O que isso quer dizer? — Karina ficou atônita, depois riu em descrença. — A polícia já disse que a culpa é minha, e agora até você está me condenando?

— Karina! — Ademir se viu completamente mal interpretado. — Não foi isso que eu quis dizer! Eu só estou tentando fazer uma análise racional com base nas provas atuais.

Racional? Ela detestava essa palavra!

Karina parou de rir e disse:

— Eu não estou brincando com você.

Com o rosto frio e voz lenta, ela declarou:

— Chame os policiais. Fui eu que empurrei. Eu confesso...

— Karina! — Antes que ela terminasse, Ademir deu um grito abafado e cobriu sua boca com a mão.

Seus olhos estavam cheios de pavor.

Ele disse num tom baixo e urgente:

— Isso... Só pode ser dito para mim! Você não pode falar isso na frente da polícia, ouviu?

— Por quê? — Karina estava confusa, sem entender nada. — Eu fiz isso, você mesmo disse, tantas pessoas viram... Como é que eu vou dizer que não foi culpa minha?

— Vamos encontrar uma saída. — Ademir estava tomado pela ansiedade, mas jamais pensara em desistir. — Com certeza vamos achar uma forma.

— Que forma? — Karina sorriu, fria, e ergueu os olhos para encará-lo. — Igual você fez com a Vitória? Vai arrumar alguém para falsificar um laudo para mim? Ou então achar um culpado para assumir o lugar? É isso?

Ademir não conseguia se explicar:

— Quantas vezes eu tenho que repetir para você acreditar em mim? Eu não...

Não importava quantas vezes Ademir dissesse, Karina jamais acreditaria.

— Pare de perder seu tempo. — Karina se recostou na cadeira com um ar de total desdém. — Isso mesmo, fui eu que empurrei. E daí? Eu não podia? E quer saber? Eu me arrependo, sim. Me arrependo de não ter empurrado com mais força. A nuvem ficou em estado vegetativo! E ela... Só quebrou uma perna!

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