Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida romance Capítulo 797

— Tá bom. — Ademir respondeu imediatamente, tirando o casaco e se deitando ao lado dela. — Dorme.

Karina não disse nada, mas ele sentia a tristeza que preenchia o coração dela.

Ainda assim, Ademir acreditava que tudo aquilo passaria, que as coisas iriam melhorar... E que ele estaria sempre ao lado dela.

...

Devido à condição especial de Karina, a polícia não exigiu que ela fosse até a delegacia para prestar depoimento; foram os próprios policiais que se dirigiram até o quarto do hospital.

Durante o processo, os policiais e Karina ficaram no quarto. Estêvão, como advogado, pôde permanecer, mas os demais não tiveram permissão.

Ademir aguardava na sala de estar, tomado por uma tensão angustiante.

No canto da sala, Júlio, Enzo e Bruno conversavam.

— Por que o segundo irmão está tão nervoso?

— Jura que não consegue imaginar? — Bruno era sempre o mais sagaz. — Ele está com medo de que a Karina volte atrás e cause mais algum problema.

Enzo franziu o cenho e disse:

— Duvido. A Karina é uma pessoa tão inteligente... Ela jamais deixaria de pensar na Joyce.

— Você está sendo simples demais. — Bruno discordou. — Justamente por ela ser inteligente, às vezes a pessoa, para viver, tem que ser um pouco burra.

Júlio também demonstrava preocupação:

— Quando a Karina cisma com alguma coisa, não dá para prever o que ela vai fazer.

— Pois é. — Bruno arqueou as sobrancelhas, a voz cada vez mais baixa. — Além disso, a Karina... Não está com depressão pós-parto? Nesse estado, qualquer coisa é possível.

— Cala a boca! — Júlio rosnou, lançando um olhar na direção de Ademir. — Está maluco? Se o segundo irmão ouvir isso... Quer ir limpar banheiros no posto?

Assustado, Bruno tapou a boca e balançou a cabeça desesperadamente.

Em meio à tensão, a porta do quarto se abriu.

Ademir se lançou para frente como uma flecha, correndo até Estêvão e o encarando.

O canto dos lábios de Estêvão se ergueu num sorriso sutil, e ele assentiu levemente para Ademir.

Naquele instante, Ademir soltou um longo suspiro de alívio. Ainda bem que Karina não tinha mentido. Era ele quem estava nervoso demais.

— Sr. Ademir. — Disse um dos policiais. — Já finalizamos o registro. Agora precisamos falar com a Dra. Coelho.

— Claro. — Ademir se voltou para Júlio. — Júlio.

— Sim, segundo irmão. — Júlio já estava preparado. — Senhores, por aqui, por favor. A Dra. Coelho já os espera no escritório. Os prontuários e os exames também estão prontos.

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