Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida romance Capítulo 986

Não sabia se deveria ficar feliz pela sinceridade de Karina ou triste pela sua indiferença.

Mas Ademir sabia que Karina não estava consultando ele, ela apenas o estava informando.

— Tudo bem, eu entendi.

Mas, antes que ele pudesse dizer mais alguma coisa, Karina continuou:

— Pedi para a Patrícia ir buscar a Joyce e trazê-la para cá. Você pode pedir para a Nicole arrumar as coisas da Joyce, por favor?

— Não posso. — Ademir respondeu imediatamente, com o cenho profundamente franzido. — Para que você vai levar a Joyce até a mansão da família Martins? Lá tem um paciente, ela é pequena e a saúde dela não é das melhores. Não devia levá-la a esse tipo de lugar.

Karina, claro, entendia perfeitamente a razão por trás das palavras de Ademir.

— Mas...

Karina sabia que, se não estivesse lá, Joyce provavelmente acabaria se agarrando ao Ademir. A menina parecia estar cada vez mais apegada a ele.

— O que foi? — Ademir percebeu o que ela estava pensando. — Está com medo de me incomodar?

Karina ficou em silêncio por um momento, então respondeu baixinho:

— Sim.

— É realmente um incômodo.

Karina ficou surpresa.

— Se você acha que está me incomodando... — Ademir sorriu suavemente e continuou. — Poderia ser um pouco mais gentil comigo?

Com isso, Ademir desligou o telefone.

Karina ficou ali, segurando o celular, perdida em pensamentos.

Ela sabia que podia confiar a Joyce ao Ademir, mas... O que significava ser mais gentil com ele? Como ela poderia demonstrar isso?

...

Mansão Mission Hills.

Joyce estava completamente grudada em Ademir. Durante a refeição, queria que ele a alimentasse; quando tomava o leite, só aceitava se ele segurasse a mamadeira.

Até na hora do banho, não queria a Nicole, só aceitava o Ademir.

Mas Ademir não podia ceder a isso.

Mesmo sendo pai e filha biológicos, uma menina de três anos já deveria entender as diferenças entre meninos e meninas. Ademir também não era o pai de Joyce.

— Joyce, minha querida. — Ademir a acalmava pacientemente. — Deixa a Nicole te dar o banho, e o tio vai cortar para você uma maçã em formato de coelhinho, tá bom?

Formato de coelhinho?

Os olhos de Joyce brilharam, encantada.

— Não só a mamãe e a Joyce.

"Como assim?"

Ademir ficou surpreso e não conseguiu entender o que aquilo queria dizer.

Ele engoliu em seco e, com uma expressão preocupada, perguntou:

— Quem mais, além da mamãe e da Joyce?

Joyce inclinou a cabeça, parecendo refletir sobre a pergunta.

Mas, por ser tão pequena, levou um tempo até conseguir dar uma resposta:

— O tio.

"O tio?"

Homem!

O sangue de Ademir congelou instantaneamente. Ele segurou o braço de Joyce com firmeza:

— Que tio? Quem é esse tio? Qual é o nome dele?

— O tio é o tio, ué. Chamo ele de tio. — Joyce sentiu dor no braço e fez uma cara de quem ia chorar, ficando magoada. — Tio, você está apertando muito! A Joyce está com dor!

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