Ardentes Laços do Desejo romance Capítulo 102

Ao entardecer.

Benjamin Costa chegou para um compromisso trazendo uma pintura consigo, com um ar de relutância no rosto, "Eu realmente gosto dessa pintura, por que devolver? Na verdade, acho que a Profa. Rocha pintou com uma energia especial."

Edson Galvão, sentado ao lado, tinha uma expressão séria, com a imagem de Jéssica Rocha aplicando-lhe uma chave de braço friamente dominando seus pensamentos.

A mulher que ele sonhara por tantos anos, como poderia deixá-la ir?

Vendo que ele permanecia em silêncio, Benjamin Costa continuou aconselhando, "Cara, você está prestes a se casar, e embora manter uma mulher não seja grande coisa no nosso círculo, ao menos deve haver consentimento, certo? Aquela Profa. Rocha, à primeira vista, parece bem determinada. Se você a pressionar demais, ela pode reagir - lembre-se, até um coelho acuado pode morder."

Edson Galvão acendeu um cigarro, lançando um olhar frio para Benjamin Costa, "Você fala demais."

Assim que terminou de falar, ele viu Jéssica Rocha chegando em seu pequeno Fusca.

Sem dizer mais nada, Edson Galvão abriu a porta do carro e desceu.

Ele nem esperou Jéssica Rocha entrar no estúdio, já a estava esperando na porta.

Jéssica Rocha estava vestida com uma camisa de seda solta, com um laço na gola, e o cabelo preso de forma relaxada atrás da cabeça, parecendo pura e elegante.

Ela parecia incrivelmente bela apenas com as sobrancelhas delineadas e batom.

"Sr. Galvão, Sr. Costa." Jéssica Rocha cumprimentou-os de forma sucinta.

Edson Galvão soltou uma baforada de fumaça, a voz rouca, "Jéssica Rocha, parece que o término não te afetou em nada."

Ela parecia ainda mais radiante e vibrante do que antes, indescritivelmente.

Benjamin Costa, um tanto constrangido, falou, "Profa. Rocha, eu trouxe as pinturas."

Ele abriu o porta-malas, que estava cheio de quadros. Ele até acariciou um deles, "Na verdade, eu gosto muito dessas pinturas, sempre cuidei bem delas."

Edson Galvão, impaciente, interrompeu, "Restam seis milhões, como você vai pagar?"

Ele estava convencido de que Jéssica Rocha não conseguiria reunir essa quantia. A questão do orfanato poderia ser vista como um golpe de sorte com Felipe Garcia intervindo, e vender a casa a um preço baixo poderia ser justificável.

Cassio Garcia, de algum modo, saiu correndo do carro e ainda deu um chute forte em Edson Galvão.

Edson Galvão franzia a testa, lembrando da profissão de Jéssica Rocha. Era comum ela cuidar das crianças quando os pais se esqueciam de buscá-las.

"Garoto insolente, saia daqui. Sua mãe nunca te ensinou o que é educação doméstica?"

"Chega!"

Jéssica Rocha interrompeu friamente, retirando um cheque previamente preparado da bolsa, "Veja bem, este é o pagamento restante."

Edson Galvão olhou para ela, atônito, "De onde você tirou esse dinheiro? Você não estaria se vendendo por dinheiro, estaria?"

"Cala a boca, só porque você é sujo não significa que todos sejam como você, esse dinheiro eu ganhei com o meu próprio esforço, surpreso? Nos seus olhos eu posso ser apenas um enfeite bonito, mas aos olhos de outros, sou um talento raro que não se encontra facilmente."

Jéssica Rocha segurou Cassio Garcia com firmeza, endireitando a espinha, "Edson Galvão, hoje eu te digo, eu não sou o brinquedo de homem algum que você pensa que eu sou, e um dia você verá meu nome ecoar pelo mundo inteiro! Por último, pegue seu dinheiro e desapareça da minha vida, não quero mais ver você!"