Ardentes Laços do Desejo romance Capítulo 104

Edson Galvão tinha estudado esgrima e taekwondo.

Mas essas eram apenas hobbies cultivados por um jovem de família rica, que pareciam golpes e movimentos frágeis diante da força bruta de Felipe Garcia, um homem de músculos definidos.

Bastava um leve torcer, e Jéssica Rocha até pensou que Felipe Garcia nem havia feito força, parecido com torcer uma torneira, para que o braço de Edson Galvão fosse deslocado.

Ele suportava a dor, sem ousar reclamar.

Felipe Garcia soltou-o, com um olhar frio disse: "Some daqui!"

Edson Galvão, suando frio de dor, não ousou fazer um som sequer, segurando o braço pendente, saiu de fininho.

Ao sair, ele ouviu Felipe Garcia dizer à Jéssica Rocha: "Profa. Rocha, está tudo bem?"

Jéssica Rocha balançou a cabeça, "Estou bem, leve o Cassio de volta para casa. Se não puder vir buscá-lo, avise a família com antecedência. Se algo acontecer com o menino, não posso assumir essa responsabilidade."

Benjamin Costa fechou a porta do carro e lançou-lhe um olhar severo: "O que ainda está olhando? Você enlouqueceu? Por causa da Jéssica Rocha, provocar a ira da família Garcia, você está brincando com a vida?"

Edson Galvão desviou o olhar, certamente estava pensando demais. Como Jéssica Rocha e Felipe Garcia poderiam ter algo?

Ele, suando frio de dor, sentiu o coração afundar, estava realmente em apuros agora!

O carro partiu, e ele, não se dando por vencido, olhou para trás uma última vez. Jéssica Rocha se abaixava para pegar uma pintura que estava no chão.

A camiseta leve deslizou, revelando um pedaço de sua cintura branca e brilhante, e a calça jeans delineava perfeitamente as curvas de seu traseiro.

Isso fez Edson Galvão se lembrar da bela mulher baiana que ele tinha visto no quintal de Felipe Garcia há algum tempo. Se Jéssica Rocha vestisse trajes de baiana, certamente não ficaria para trás.

De repente, Edson Galvão abriu os olhos, cheios de rancor.

Jéssica Rocha, isso é o que você procurou. Quem não aceita um brinde, aceita um castigo.

Até agora, ele havia esgotado toda a sua paciência.

Sob a árvore, Jéssica Rocha estava agachada, limpando a moldura da pintura com um pano.

Era uma obra que ela havia criado noite após noite, com cada traço meticulosamente desenhado.

Enquanto limpava, um sorriso inconsciente se formava em seus lábios.

Após se livrar de um grande problema chamado Edson Galvão, Jéssica Rocha saiu cantarolando levemente.

Ela tomou a iniciativa de enviar uma mensagem para Felipe Garcia.

[Agradeço pelo que fez hoje.]

[Quando eu voltar da viagem de negócios, me agradeça direito.]

[Quando você volta?] Ela raramente se interessava pelo paradeiro de Felipe Garcia, mas, dado o acordo entre eles, ela estava determinada a aproveitar uma refeição que havia perdido na noite anterior.

[Em alguns dias, sem previsão de retorno.]

Jéssica Rocha guardou o telefone e dirigiu para casa. Ao chegar, ela chutou os saltos altos para o lado e andou descalça sobre o chão que Felipe Garcia havia limpado meticulosamente.

Ela ativou o viva-voz, e a voz de Mariana Leme soou: "Jecy, aquela conversa sobre acampar semana passada…"

Jéssica Rocha pressionou o botão do purificador de água, jogando duas pétalas de rosa vermelha escura no copo de vidro.

Observando as cores suaves se espalharem rapidamente na água pura, ela sorriu de canto: "Não vou."