Ardentes Laços do Desejo romance Capítulo 44

Eles haviam se entregado a esses momentos várias vezes, mas sempre em hotéis; agora, na cozinha, era a primeira vez que vivenciavam essa intimidade.

Essa nova experiência deixava Jéssica Rocha excitada e nervosa, especialmente quando as mãos dele tocavam sua pele delicada, provocando faíscas. A janela da cozinha estava entreaberta, permitindo que uma brisa noturna entrasse e agitas a camisa leve dela, enquanto os braços de Felipe, com suas veias salientes, tornavam-se visíveis. O contraste entre seus braços fortes e a pele branca e delicada dela era notável.

Com um som seco, o chinelo de Jéssica caiu ao chão, e eles se separaram abruptamente. O rosto de Jéssica Rocha estava vermelho, e ela segurava a camisa dele, amassando-a.

"…Você não estava com fome? Vou preparar algo para você comer."

O olhar dele sobre o corpo dela se tornou ainda mais intenso, "Estou com fome."

Sussurrou em seu ouvido com uma voz profunda e sedutora: "Depois de comer, você virá dormir comigo?"

A franqueza dele fez Jéssica Rocha corar ainda mais. Ela baixou a cabeça e murmurou um "Hmm".

"Onde fica o kit de primeiros socorros?"

"No criado-mudo."

Felipe a colocou gentilmente no chão, e, ao tocar o piso frio, Jéssica percebeu que suas pernas estavam frágeis, quase tropeçando antes de ser amparada por ele. Ela estava envergonhada por se sentir assim apenas com os beijos de um homem.

Colocou o chinelo de volta e o empurrou para fora, "Eu posso fazer isso, você pode sair."

No entanto, quando ele estava prestes a se afastar, ela segurou seu pulso. Felipe olhou para ela, seu desejo agora mais tranquilo, "Hmm? O que foi?"

"Você come pimenta?"

Ela parecia uma esposa obediente amarrando um avental, especialmente com seu rosto pálido e inocente. Felipe Garcia afastou um fio de cabelo do rosto dela, "Como."

Em seguida, ele se dirigiu ao quarto. Era a segunda vez que ele visitava, mas agora ele entrava em seu espaço como se tivesse um direito implícito. A cama de Jéssica Rocha não era grande, parecia macia e perfumada, assim como ela.

Felipe Garcia procurou, mas não encontrou pomada para queimaduras no kit de primeiros socorros e saiu do quarto. Depois de se acalmar, Jéssica Rocha continuou a cozinhar, fritando ovos com um barulho alegre.

Ela pegou um punhado de acelga e cebolinhas. Suas mãos delicadas lavavam a acelga e cortavam as cebolinhas, adicionando sal, shoyu e outros temperos.

Quando a água fervia, ela jogava um punhado de macarrão fino. Depois de dez minutos, ela desligava o fogo, servia o macarrão, salpicava cebolinhas por cima, adicionava uma generosa colher de óleo de pimenta e colocava dois ovos fritos por cima.

Não era um prato de um restaurante sofisticado, mas estava delicioso e apetitoso.

Jéssica Rocha colocou a tigela na mesa, apenas para perceber que a casa estava deserta. A campainha tocou. Ela foi até a porta e, ao abrir, viu o homem alto com duas sacolas enormes de compras. Em apenas vinte minutos, ele tinha ido ao supermercado e voltado, demonstrando uma eficiência notável.

"Você... o que é isso?"

"Comprei algumas coisas enquanto estava lá."

Jéssica lembrava-se de uma refeição caseira que preparara para Edson Galvão, na esperança de impressionar sua família. No entanto, ele menosprezou as habilidades culinárias de Jéssica:

"Jecy, não é por nada, mas não tem problema se você não cozinhar bem.

Afinal, você está comigo para desfrutar da vida, temos vários cozinheiros em casa. Não precisa fazer esse tipo de comida novamente."

A franqueza de Edson deixara claro que ele não considerava a comida caseira de Jéssica digna de nota. Agora, com a intenção de ganhar o favor de Felipe Garcia para um projeto do orfanato, Jéssica se esforçava ao máximo para agradá-lo.

"Você veio em um momento inoportuno. Na próxima vez, depois de comprar mais ingredientes, farei algo melhor para você, talvez uma refeição exótica ou mesmo sashimi."

Ela falou com uma certa falta de confiança, mas o homem comeu rapidamente, sem emitir nenhum som de desagrado. Rapidamente terminou seu prato, inclusive bebendo metade da sopa.

Depois de limpar os lábios, ele finalmente disse: "Essa sopa está muito boa."

Jéssica tentou ver sinceridade em seus olhos, mas foi puxada para perto dele antes que pudesse interpretar sua expressão. Ela instintivamente tentou se afastar.

"Não se mexa."

De repente, Felipe Garcia pegou um tubo de pomada para queimaduras e aplicou suavemente nas bolhas de Jéssica.

"Ai... dói..." Jéssica não conseguiu se conter e gemeu baixinho.