Ardentes Laços do Desejo romance Capítulo 49

Jéssica Rocha ficou atônita. Não esperava ouvir tais palavras de um homem. Para ela, os poderosos sempre foram símbolos de autoridade, usando seu status social privilegiado para facilmente violar regras a fim de alcançar seus objetivos. Antes de sua visita, Jéssica havia imaginado que Felipe Garcia aproveitaria a situação para fazer exigências desiguais.. O clichê dos romances sobre CEOs dominadores frequentemente envolve armar uma cilada para a protagonista feminina, colocando-a em uma situação difícil e então forçando-a a procurá-lo. Não é que a escrita seja exagerada, a feiura da natureza humana na realidade é ainda mais horrível do que se pode imaginar.

Felipe Garcia falou com uma voz tranquila: "Profa. Rocha, eu espero que possamos nos tratar como iguais, ao invés de usar o corpo para obter vantagens." Ele acariciou o rosto dela com a palma da mão. "Seria profundamente injusto com você." Sua voz era tão suave, mas como um soco pesado que quebrou as defesas em seu coração. "Então, por favor, não rejeite mais a minha aproximação, está bem?"

Os olhos de Jéssica Rocha brilharam com incredulidade enquanto ela fixava o olhar no profundo olhar dele, os contornos frios e implacáveis de seu rosto, que, sob a luz quente, adquiriam um toque de ternura inesperada. Jéssica Rocha estava confusa, parecia que uma densa névoa envolvia o homem, impedindo-a de ver claramente quem ele era. Ele não ofereceu uma concordância explícita, mas também não recusou. Seria isso um convite para que ela se mostrasse mais vulnerável? Ou seria apenas uma estratégia de negociação? Afinal, ele era um empresário.

"Quando você poderá me dar uma resposta definitiva?" Jéssica Rocha perguntou, agarrando a barra de sua camisa, um tanto perplexa.

"Espere um pouco mais." Ele levantou a mão e acariciou sua cabeça. "Já está tarde, melhor descansar." Ele se levantou, apagou a luz, e o quarto foi envolvido pela escuridão. Levantou a mão para puxá-la para seus braços, unindo seus corpos. Na escuridão, o batimento cardíaco dele era estável e forte, ao contrário do dela, que estava uma bagunça. A mão de Felipe Garcia repousava em sua cintura, a palma quente. Esta era a única vez, desde que se conheceram, que não havia nenhum gesto íntimo entre eles. Sentindo o cansaço dele, Jéssica Rocha engoliu as palavras que estava prestes a dizer. Ela se moveu suavemente, aumentando a distância entre eles, virando-se de costas para ele na beira da cama. O homem olhou fixamente para a silhueta dela, seus olhos escuros cheios de sombras.

Sem nenhum interesse envolvido, Jéssica Rocha desejava estar o mais longe possível de Felipe Garcia. Felipe Garcia levantou a mão, habilmente a puxando de volta para seus braços. Suas costas se pressionaram contra o peito nu dele, o calor masculino envolvendo-a completamente, fazendo cada poro dela se contrair sob a intensidade do contato. Ela se encolheu, imóvel, sem saber como reagir, querendo ir embora, mas com medo de irritá-lo. Nunca haviam compartilhado a cama dessa forma antes; a cena parecia a de um casal recém-casado, envolto em uma doçura e afeto inesperados.

Felipe Garcia apoiou o queixo no pescoço dela, seu hálito quente espalhando-se por seu pescoço. Com uma voz carregada de cansaço e um toque de vulnerabilidade, ele murmurou: "Profa. Rocha, hoje estou um pouco exausto."" Ela não o empurrou, murmurou: "Boa noite, Sr. Garcia." A mão dele, repousando em seu abdômen, a apertou suavemente, como se tentasse transmitir um conforto silencioso. "Não me chame assim, mesmo que diga meu nome diretamente, é melhor do que esse título." Ele não gostava da formalidade; isso apenas aumentava a distância entre eles, fazendo-o sentir-se ainda mais afastado.