Ardentes Laços do Desejo romance Capítulo 71

"Não há problema algum; afinal, é nossa responsabilidade corrigir isso."

Felipe Garcia fixou o olhar em Sheila Senna, coberta de poeira e sujeira, "Esta deve ser a diretora, certo? Sou o presidente do Grupo Garcia. Nosso descuido causou-lhe transtorno."

Sheila Senna sentiu-se lisonjeada pela inesperada desculpa de uma figura tão proeminente.

Ela balançou a cabeça em negativa, tentando suavizar a situação. “De maneira alguma, Presidente Garcia. Sua agenda é certamente sobrecarregada; não se pode esperar que um líder observe todos os detalhes minuciosos. Não vejo como isso poderia ser de sua responsabilidade.”

Os seguranças trouxeram um grupo de arruaceiros, que de repente se ajoelharam diante de Sheila Senna, "Desculpa, nós fomos cegos e nos atrevemos a perturbá-los, por favor, sejam magnânimos e não guardem rancor contra nós."

Antes que Sheila Senna pudesse articular uma resposta, o som penetrante de sirenes cortou o ar, e uma série de viaturas policiais estacionou na entrada do local.

Um policial com expressão séria perguntou: "Quem chamou a polícia?"

Felipe Garcia impediu que Jéssica Rocha falasse e interveio. “Eu fui o responsável pela chamada. Esses vândalos, usando o nome do Grupo Garcia, invadiram o orfanato, cometeram vandalismo e tentaram agredir pessoas intencionalmente.”

O policial olhou para o sangue nas roupas dos arruaceiros, "Então, houve uma briga?"

O homem de cordão grosso, com um tom calmo e desafiador, replicou: “Somos cidadãos que respeitam a lei; nada de ilegal nos atribuímos.”

"E o sangue neles?"

Um dos arruaceiros, com um grosso cordão de ouro, correu para o policial e agarrou suas pernas, "Foi minha culpa, eu caí e me machuquei assim, por favor, me leve!"

Ele então abriu a porta da viatura, entrou com facilidade e, ainda olhando para fora, pediu: “Oficial, por favor, dê partida!”

Os outros seguidores também se aproximaram, com medo, "Chefe, nos leve junto!"

O policial ficou confuso.

Vendo todos subirem no carro com tremores, Jéssica Rocha sentiu uma sensação de alívio.

De repente, Felipe Garcia falou: "Esperem."

Aqueles que estavam subindo no carro pararam, e o policial também olhou para ele. Felipe Garcia casualmente apontou para alguns deles, "Eles não participaram da destruição, são inocentes."

O policial olhou para os indivíduos que rapidamente concordaram, "Sim, nós não fizemos nada."

"Bem, então, os outros irão à delegacia para investigação."

Quando a viatura partiu, aqueles que foram poupados agradeceram a Felipe Garcia, "Muito obrigado, Sr. Garcia."

Felipe Garcia, segurando uma criança cujos ranhos mancharam seu elegante terno, parecia surpreendentemente tranquilo, mesmo com os pequenos dedos brincando com seus botões. Sua postura relaxada contrastava com a gravidade de suas palavras.

Jéssica Rocha entrou no carro, e a janela se fechou lentamente.

Quando restava apenas um quarto para a janela se fechar completamente, Sheila Senna percebeu, através do vidro, uma visão inesperada: Jéssica Rocha, vestida com um traje típico baiano que acentuava suas curvas, se lançava nos braços do homem, que estava sentado de maneira formal e ereta.

Mas, quando ela quis olhar com mais atenção, a janela já havia sido fechada.

O vidro fumê obscureceu a cena, impedindo Sheila de discernir os detalhes.

Ela tocou a parte de trás da cabeça, questionando se havia visto corretamente.

A Profa. Rocha sempre foi reservada, raramente sorri até para o próprio namorado, que dirá para uma pessoa do status do Presidente Garcia.

Ela não sabia que, naquele momento, Jéssica Rocha tinha os braços do homem firmemente ao redor de sua cintura.

E seu traje baiano delineava perfeitamente sua figura esbelta, realçando cada curva no lugar certo.

A suavidade de seu peito pressionava-se contra o abraço firme do homem.

Ela mordia o lábio para não emitir nenhum som e evitar que Sheila Senna a escutasse.

Felipe Garcia pressionou seu corpo contra ela, apoiando a cabeça no côncavo do pescoço de Jéssica Rocha, enquanto sua respiração quente varria o pescoço dela...