Ardentes Laços do Desejo romance Capítulo 97

De fato, aquela voz era profunda e sensual, inegavelmente sedutora. Falando de maneira um pouco vulgar, era bastante provocante. Mas quando se trata de relações amorosas, não importa se você é um filho privilegiado vestido de terno e gravata ou um simples trabalhador, quando as luzes se apagam à noite, no fim das contas, é tudo a mesma coisa. Ser excessivamente sério dá a impressão de estar contido, e na hora da verdade, parece que falta algo.

Como Felipe Garcia, que, com sua aparência de nobre, fala coisas atrevidas e age de maneira inesperada, deixando Jéssica Rocha completamente desarmada e depois toda desorientada. Se é para ser peixe, que seja um peixe de verdade, como é que...

Jéssica Rocha mal havia conseguido acalmar suas emoções e foi facilmente provocada por ele novamente. Ele realmente era um encanto de homem. Diante da tentação masculina à sua frente, Jéssica Rocha pisou no pé dele com seu chinelo.

"Se não pode comer, então não me provoque!"

Ela o olhou furiosamente e então correu para fora para esfriar a cabeça. Felipe Garcia observou sua retirada apressada, um sorriso discreto brotando em seus lábios.

Pequena lua, será que você também guarda um lugarzinho para mim no seu coração?

Jéssica Rocha abriu a torneira, e sob o som da água corrente, jogou um punhado de água no rosto para dissipar o calor. Ela decidiu que era melhor manter distância de Felipe Garcia durante seu período, podendo vê-lo e tocá-lo, mas sem avançar mais do que isso. Jéssica Rocha mordeu o lábio, frustrada, pensando que em três dias ela poderia satisfazer seus desejos.

Quando ela saiu, Felipe Garcia já havia colocado a comida na mesa. Peixe ao vapor, camarões cozidos, batata frita picante e uma sopa de almôndegas. Pratos simples de casa, com o vapor subindo, trazendo um sabor caseiro para o pequeno jantar. O homem alto à mesa estava arrumando os pratos e copos, e era visível uma mancha de óleo em sua camisa branca na frente. Ele não parecia se importar, e gentilmente puxou a cadeira para ela.

Jéssica Rocha não disse nada, mas sentia um aperto no coração. Desde pequena, ela não pedia muito, apenas tinha um simples desejo. Comer três refeições por dia com sua família, desfrutando de pratos quentes. Quando entregava suas provas para sua mãe, ela afagava sua cabeça com gentileza, elogiando-a. Seu pai a colocaria em seus ombros, fazendo-a sentir-se montada em um cavalo. Mas esse pai, ela mal havia visto algumas vezes na vida, e ter uma refeição em família era um luxo ainda maior.

Felipe Garcia perguntou preocupado: "Não deveria estar, eu verifiquei a temperatura. Você não gosta de sopa de tomate? Na próxima vez..." Devido à posição inclinada de Jéssica Rocha, mechas de cabelo cobriam seu rosto, escondendo suas emoções. Só era possível ver seus dedos apertando a colher e seus ombros tremendo levemente. Ela mordeu um pedaço de almôndega, tentando controlar suas emoções.

Isso assustou Felipe Garcia, que colocou seu talher de lado e se aproximou de Jéssica Rocha.

"O que houve? Você está se sentindo mal?"

Jéssica Rocha levantou a cabeça, e seu rosto pálido estava banhado em lágrimas. Uma lágrima escorreu perfeitamente de seu queixo, caindo como se fosse uma pequena pérola brilhante sob a luz. Era bela e despertava compaixão.