As surpresas do divórcio romance Capítulo 232

Concordando, Rose respondeu: "Sim, você costumava ser uma pessoa diferente do que é agora. Era muito mais amigável e gentil, de fato. Mas desde o que aconteceu com você há seis anos... se transformou em outra pessoa. Se não fosse pela marca de nascença em você, poderia jurar que era outra pessoa em seu lugar."

As pupilas de Toby se contraíram. De acordo com a descrição dela, parece que tenho duas personalidades completamente diferentes, antes e depois do que aconteceu há seis anos. Mas eu não me lembro de como costumava ser. Isso é normal? perguntou a si mesmo, colocando a palma da mão contra a testa enquanto sua cabeça começava a latejar novamente. Mais uma vez, imagens estranhas surgiram em sua mente, piscando como um carrossel, e ele não conseguia dar sentido a elas.

"O que há de errado, Toby?", perguntou Rose, preocupada ao ver o quanto ele parecia angustiado.

"Estou bem, vovó. Conte-me mais sobre como eu costumava ser", respondeu.

"Claro", ela concordou alegremente. "Seu eu antigo era mais conversador e educado com todos. No entanto, desde que você me contou que começou a namorar Tina, percebi que ela é a única em seus olhos e coração, e você não consegue mais ver ninguém além dela. Você gira em torno dela, como um boneco."

"Não, isso é impossível", murmurou, cerrando os punhos. Como é possível que eu tenha me tornado um boneco? Refutou a ideia instintivamente. Apesar disso, quando se lembrou de como mimava e protegia Tina, sem qualquer limite, perdeu as palavras a serem ditas.

Ele sabia que ela havia cometido muitos erros, mas nunca pensou em dar uma lição ou puni-la. Em vez disso, ajudaria a limpar sua bagunça, sem fazer perguntas. Como a viu chorar, se tornou piedoso e fez o que não deveria. O que ele era, senão um boneco?

Embora isso não fosse como ele deveria ser, as memórias em sua mente lhe diziam que ele já se tornara essa pessoa.

Vendo como estava afundado em uma profunda dúvida de si mesmo, Rose suspirou. "Tudo bem, vamos parar de falar sobre isso, não está te ajudando. Vamos falar sobre outra coisa. Por que teve um acidente perto da Sonia? Estava procurando por ela?", perguntou, acariciando sua testa.

Os olhos de Toby piscaram, mas não respondeu.

Com raiva, ela disse: "Deixa pra lá, se não quer me contar. Estou indo para casa agora. Sonia me aconselhou a descansar, mesmo quando estiver preocupada com você."

"Ela sabe que sofri um acidente?", ele disparou imediatamente, parecendo um pouco agitado.

"Sim", respondeu com um aceno. "Como ela não saberia quando a notícia do seu acidente foi destaque nos jornais?"

Baixando o olhar para esconder as emoções em seus olhos, murmurou: "Então, ela..."

Perguntou sobre mim ou veio me visitar no hospital? Completou a frase em sua cabeça.

"O que estava dizendo?", perguntou Rose, com os olhos fixos nele.

Ele abriu a boca, mas decidiu não terminar sua frase: "Nada."

Suspirando, Rose olhou para ele e disse: "Esqueça, estou indo agora. Descanse."

"Sim", murmurou com tristeza nos olhos. Parece que Sonia não perguntou sobre mim, muito menos me visitou. Caso contrário, a vovó teria me contado. Ela soube que sofri um acidente na Residência Bayside e deve ter descoberto que eu estava lá para procurá-la. Mesmo assim, nem veio me visitar. Será que ela é realmente tão insensível?

Desanimado, Toby deitou-se na cama, cheio de frustrações e desconforto em seu coração.

......

Na Co. Paradigm, Carl estava tomando chá da tarde no escritório de Sonia até que recebeu uma ligação de seu gerente, pedindo para participar de uma reunião em sua agência. Assim que ele saiu, Rebecca apareceu.

Ao saber que ele havia acabado de sair, suspirou decepcionada. "Cheguei um minuto atrasada."

"Por que está tão preocupada com o Carl?", perguntou Sonia, fazendo um gesto para que ela se sentasse em uma cadeira em frente a ela.

Após se jogar na cadeira, Rebecca ficou séria e começou: "Presidente Reed, vou ser honesta com você. Acho que ele é a pessoa que estou procurando."

"Hã?", exclamou Sonia, perplexa.

Dando um gole de chá, explicou: "Você sabe que estou procurando por alguém, não sabe?"

Com uma expressão afetuosa, Sonia disse: "Diga ao seu tio para trazer você aqui para me ver, se sente saudades de mim."

"Ok, meu tio..."

Antes que pudesse terminar, a voz de Zane o interrompeu. "Me dê o celular, garoto."

"Não!", disse Douglas e escondeu o celular atrás das costas.

Zane o observou e resmungou: "Acha que eu não vou alcançá-lo se esconder atrás das costas?" Curvando-se, arrancou o celular da mão dele e colocou uma mão em sua cabeça, mantendo-o fora de alcance, não importa o quanto ele lutasse.

Percebendo que seus membros eram curtos demais, Douglas fez beicinho e quase chorou, mas Zane riu e colocou o celular em seu ouvido com a outra mão. "Oi, Sonia, fala."

"Você está maltratando o Douglas novamente?", interrogou.

Zane revirou os olhos com culpa, mas respondeu sinceramente: "Não, não estou. Ele é meu sobrinho. Como eu poderia maltratá-lo?"

"Tem certeza?", perguntou, estreitando os olhos, desconfiada.

Apressadamente, ele acenou com a cabeça e disse: "Claro! Deixe o Douglas te contar, então."

Estendendo o celular, Zane apontou para a pilha de brinquedos no chão, ameaçando que os tiraria se contasse a verdade a Sonia.

Imediatamente, Douglas entendeu o que ele queria e lágrimas de raiva encheram seus olhos, mas ele as forçou a recuar e cedeu à ameaça de seu tio malvado, sofrendo a injustiça em silêncio. Forçando um sorriso, disse ao telefone: "Tia Sonia, é verdade que o tio Zane não me maltratou."

Somente então ela ficou convencida, e Zane lançou a Douglas um olhar satisfeito. Em seguida, subiu as escadas com o celular e continuou: "Sonia, encontrei uma candidata adequado para ser sósia de Rina Gray."