As surpresas do divórcio romance Capítulo 234

A mão de Toby, prestes a virar uma página, parou no ar. "Então, me diga. Como eu costumo tratá-la?"

"Com delicadeza, mimando-a e sendo submisso", murmurou, enquanto as sobrancelhas de Toby se franziam cada vez mais a cada palavra.

Cruzando os braços, Tim continuou: "Parece que não está muito satisfeito com minha conclusão."

"Não", respondeu Toby bruscamente, voltando sua atenção para o documento em suas mãos.

E daí se ele estava infeliz com isso? Era inegável que Tim estava certo... Era exatamente assim que ele tratava Tina antes.

Tim estudou sua expressão. "Então, por que está franzindo a testa?"

"Não é nada", respondeu calmamente.

Ele riu. "Sabe, notei que você mudou muito depois desse acidente, especialmente sua atitude em relação à Tina. O que aconteceu entre vocês? Por que está tão distante dela de repente?"

Pegando uma caneta, Toby assinou o documento e disse: "Nada aconteceu entre nós. Apenas percebi que tinha adotado a atitude errada em relação a ela e gostaria de corrigir isso agora."

"Mas como vai fazer isso se recusa a vê-la?", perguntou Tim, com a luz refletindo em seus óculos.

Fechando o documento e colocando-o de lado, Toby pegou outro e o abriu. Nesse momento, ele tinha sentimentos muito complicados em relação a Tina, e podia sentir claramente que não sentia mais o mesmo encantamento por ela em seu coração. Vagamente, começou a entender que talvez não estivesse mais apaixonado, e por isso não queria vê-la.

Além disso, havia outra razão importante que ele achava muito estranha... Mesmo percebendo que não sentia nada por Tina, suas emoções ainda eram influenciadas por ela sempre que a via. Assim como antes, quando a via triste, sentia vontade de dar a ela tudo o que pudesse. Embora essa vontade tivesse diminuído, ela ainda estava presente e o frustrava muito.

A melhor evidência disso foi no dia anterior, quando ele a viu através do painel de vidro da porta. Ao ver seus olhos vermelhos, seu coração se apertou e ele desejou muito chamá-la para dentro da sala, para poder enxugar suas lágrimas e consolá-la. No entanto, antes que pudesse fazer isso, Rose chegou e a afastou.

No momento em que Tina saiu, a sensação angustiante em seu peito evaporou imediatamente, junto com a voz em sua cabeça que lhe dizia para consolá-la. Em um instante, voltou ao seu estado composto anterior a vê-la, como se tudo o que sentira antes fosse uma miragem.

Apesar disso, sabia que isso realmente aconteceu. Sempre que via Tina, seus pensamentos e emoções estavam fora de seu controle, e sentia como se um par de mãos invisíveis o empurrasse em direção a ela, para que a tratasse bem e a amasse.

Ao pensar nisso, apertou a caneta, tentando esconder a tempestade violenta que fervilhava em seus olhos. Enquanto isso, Tim viu que ele estava calado, e saiu da sala.

No corredor que levava ao saguão do primeiro andar, Tina saiu do elevador e logo avistou Sonia caminhando em sua direção.

"Que coincidência, Sra. Gray", disse, fingindo surpresa.

Como Tina não sabia que ela estava ali para procurá-la, cerrou os punhos e retrucou: "O que está fazendo aqui no hospital?" Não me diga que ela está aqui para visitar Toby!

Lendo sua mente, Sonia sorriu maliciosamente. "Bem, estou aqui para visitar o Presidente Fuller, é claro. Ouvi dizer que ele sofreu um acidente de carro. Como sua ex-esposa, devo pelo menos enviar meus cumprimentos, não é mesmo? Nós já fomos apaixonados, afinal. Você acabou de visitá-lo, Sra. Gray? Ótimo. Poderia me dizer qual é o número do quarto dele?"

"Não ouse!", disse com os olhos faiscando fogo.

Apesar de sua confiança, ela estava triste consigo mesma por estar agindo assim. É tão repugnante se comportar como uma v*dia, pensou. Juro que nunca farei isso novamente!

Ela descobriu que Toby é o pai de seu filho! Tina pensou, chocada. Eu sabia que ela encontraria meios para se casar com ele quando soubesse disso. Hmph! Todas as coisas que disse antes, que não o ama mais, eram apenas mentiras!

Não importava como ela descobriu a verdade, mas seus olhos estavam fixos na barriga dela, com uma intenção maliciosa. É tudo culpa desse bastardo! Sem ele, não teria motivo para se casarem! Rindo insanamente, de repente ela se lançou em direção a mulher.

Zombando dela, deu um passo à frente e agarrou-a pelos cabelos, levantando seu corpo superior. Com a outra mão, a esbofeteou duas vezes no rosto.

Os sons dos tapas foram nítidos, e marcas de palma surgiram instantaneamente nas bochechas de Tina, fazendo-a parecer arrependida.

No meio disso tudo, nenhum deles percebeu que as portas do elevador atrás delas se abriram de repente, e um homem em uma cadeira de rodas observava a situação se desenrolar. Suas mãos, que descansavam nos braços da cadeira, se apertaram enquanto ele tentava conter suas emoções.

"Como ousa me bater, Sonia Reed!" Tina gritou, impotente. Como era mais fraca, não conseguiu empurrá-la e só conseguiu segurar os braços dela o mais forte que pôde, na esperança de que a soltasse.

Apesar dos esforços de Tina, Sonia se recusou a soltá-la, e quanto mais forte apertava seus braços, mais forte ela puxava seus cabelos. Tina sentia como se Sonia fosse arrancar seu couro cabeludo, e seu rosto se contorceu de dor.

"Pensou que eu não teria coragem de te bater? Quem você pensa que é? Você quis me empurrar e matar meu bebê, e estou apenas te batendo em legítima defesa. Mesmo se levarmos isso à polícia, tenho confiança de que estou certa." Sonia puxava o cabelo de Tina enquanto falava.

Na verdade, ela deliberadamente disse que o pai de seu filho era Toby e que ela se casaria com ele, apenas para provocá-la a atacá-la. Assim, teria uma razão para retaliar e arrancar seu cabelo.

Embora o plano fosse um pouco arriscado e ela pudesse se machucar durante o processo, teve que recorrer a isso para evitar suspeitas sobre por que estava arrancando os cabelos de Tina. Felizmente, conseguiu escapar ilesa porque estava preparada para o ataque.

"Ahh!" Tina gritou, lágrimas de dor encheram seus olhos, e ela lançou a Sonia um olhar cheio de ódio. "Me solte!"

"Nunca!" Sonia encontrou o olhar de Tina com desprezo.