As surpresas do divórcio romance Capítulo 55

Charles se levantou para servir uma taça de vinho a Ryan. “Presidente Drew, você está de sacanagem. Depois do divórcio dela, ela não recebeu nenhum centavo do ex-marido. Ele é um pão-duro, então como ele poderia ter ajudado ela?”

“Você não recebeu nada após o divórcio?” Ryan fitou-a com uma expressão espantada.

“Sim. E não para por aí... Ela não ficou com nada, carro ou imóvel, então você poderia fazer a gentileza de parar com a palhaçada e vender essa coisa para ela?” Charles passou um braço em volta dos ombros de Sonia ao falar aquilo.

Sonia, no entanto, afastou-se do abraço dele. “Presidente Drew, ignore essas bobagens que ele disse. Fui eu quem não quis o dinheiro dele.”

Ryan pegou a taça de vinho e estava prestes a dizer algo quando notou um casal de mãos dadas caminhando em direção a eles.

“Presidente Drew, que surpresa vê-lo aqui. A Sra. Reed e o Sr. Lane também estão aqui. Que coincidência.” Tina sorriu com doçura ao cumprimentá-los.

Charles espreguiçou-se. “Ah que chatice. Não queria ter de lidar com vocês dois.”

A expressão de Tina ficou pétrea, mas ela recuperou a compostura logo em seguida. “Sr. Lane, suas palavras são ácidas como sempre.”

Charles colocou as duas mãos atrás da cabeça e balançou em sua cadeira. “Bem, o que eu posso fazer? Não consigo me segurar com pessoas que não suporto. Infelizmente, você é uma delas, Sra. Gray.”

“Como ousa...” O rosto de Tina perdeu a cor de incredulidade.

Contudo, Toby a pegou em seus braços e lançou um olhar intimidador.

Sonia notou sua expressão ameaçadora e puxou o braço de Charles. “Para com isso! Chega! Não esqueça o que conversamos mais cedo.”

No entanto, Charles deu de ombros em resposta e murmurou: “Relaxa. Eu sei o que estou fazendo.”

Toby não conseguiu mais suportar a visão dos dois aos sussurros. Soltou Tina e dirigiu-se a Ryan. “Presidente Drew, você considerou minha proposta para a aquisição?”

“Não cheguei a uma decisão ainda.” Ryan apontou para Sonia. “Sua ex-mulher também está interessada na minha empresa. Estávamos negociando agora mesmo e as condições são idênticas as suas. Eu assumi que você quem deu a ideia a ela.”

Os olhos de Toby pareceram brilhar, discretos. “Não, estou determinado na aquisição da Continental, então por que eu desistiria assim tão fácil?”

Sonia fez uma careta ao ouvir aquilo e a semente da dúvida desapareceu de imediato. Então é isso. Ele nem gosta de mim, então por que ele me ajudaria. Além disso qual o problema de Z-H ter chegado a mesma conclusão que ele?

Toby olhou de esguelha para Sonia e relaxou a expressão ao notar o alívio em seu rosto. Eu sabia que ela iria acabar suspeitando que eu fosse Z-H, por isso vim aqui falar com Ryan de propósito para acabar com sua suspeita.

“Por coincidência, Presidente Drew, eu também estou bastante interessado em adquirir a Continental”, disse Sonia.

Toby permaneceu impassível e ele casualmente comentou: “É mesmo? Então vamos ver quem o Presidente Drew escolhe.”

“E vai ser a Paradigm!” Charles colocou a mão atrás da cadeira de Sonia.

Tina arrumou o cabelo atrás das orelhas e um leve sorriso emergiu de sua face. “Das suas opções, o Grupo Fuller é a melhor escolha. A Paradigm está em sérias dificuldades financeiras, então obviamente não seria uma boa escolha. O que você acha, Presidente Drew?”

Sonia colocou a taça de vinho na mesa e sua expressão endureceu. “Sra. Gray, onde estão suas maneiras? Estou no meio de uma negociação em nome da Paradigm, e você simplesmente chegou e lançou dúvidas sobre a nossa empresa. Eu não acho que seja educado da sua parte, não é?”

“Exatamente!” Charles zombou de Toby. “Presidente Fuller, sua namorada parece não entender as regras do mundo corporativo. Ela quebrou as regras. Você está ciente disso, certo?”

As palavras de Charles estavam carregadas de desprezo e Toby ficou desconfortável com a situação. Pegou as mãos de Tina e disse: “Vamos sair daqui.”

Tina mordeu o lábio inferior. “Toby, eu... eu fiz algo errado?”

“Não importa. Fique mais atenta daqui para frente.” E assim, os dois saíram, de mãos dadas.

Charles franziu os lábios em resposta. “Esse cara realmente protege essa Tina!”

Sonia, por outro lado, sentiu uma dor lacerante no coração e não respondeu. Tina é sua joia preciosa. Quem mais ele protegeria senão ela?

Ryan deu um gole no vinho. “Presidente Reed, você guarda algum ressentimento do seu ex-marido?”

Ela se recompôs e sorriu. “Não exatamente ressentimento, porém tivemos algumas discordâncias. Vamos lá, Presidente Drew. Por que não continuamos nossa negociação?”

Ryan recostou-se no encosto da cadeira. “Presidente Reed, você se lembra do que a noiva do seu ex-marido falou agora pouco?”

“Claro.” Sonia assentiu. “Ela está certa. A decisão está em suas mãos. É evidente que não somos a melhor opção em comparação ao Grupo Fuller, porém temos uma vantagem que eles não têm.”

“Ah é?”

Sonia lembrou-se do que Z-H havia mencionado sobre a personalidade arrogante de Ryan em sua troca de mensagens, e o sorriso dela se alargou. “Posso oferecer a você a liberdade de comprar ou vender suas ações quando bem entender. No futuro se você quiser comprar de volta as ações da Continental, eu vendo de volta para você a trinta por cento a mais do preço de compra atual. No entanto, se a Continental for incorporada ao Grupo Fuller, você acha que eles te ofereceriam essa vantagem?”

Embora tenha sido dona de casa nos últimos seis anos e não esteja tão atualizada com o mundo dos negócios, Sonia sabia que a reputação de Toby no meio coorporativo era a de um tirano. Não havia como alguém conseguir recuperar algo que ele havia tomado.

A expressão de Ryan mudou e pareceu considerar aquela proposta. “Sua oferta é sedutora e bem difícil de rejeitar.”

Em seguida, ele levantou sua taça de vinho para propôs um brinde.

O negócio está fechado? Sonia pensou e animou-se. Charles a cutucou com o cotovelo e ela levantou sua própria taça para brindar com ele.

Após o brinde Ryan se levantou. “Beleza, vou ir encontrar uns amigos nas termas. Vou deixar vocês dois jantarem. Vamos nos falar nos próximos dias. Assim que eu voltar para a cidade, podemos assinar a papelada.”

“Claro.” Sonia tentou esconder sua animação e concordou.

Charles, então, segurou o queixo dela e seus olhos brilharam com aprovação. “Querida, você é incrível! Você transpareceu tanta confiança negociando com ele. Tenho certeza que você vai longe no mundo coorporativo.”

Sonia estapeou a mão dele com irritação. “Tudo bem falar, mas não me toque!”

Charles agarrou o próprio peito em um tom dramático e fez uma expressão dolorosa. “Querida, não faz isso comigo! Não fica brava comigo! Nós nos conhecemos desde a infância. Por que você faz isso comigo?”

Sonia revirou os olhos e ignorou suas palhaçadas.

O celular de Charles tocou.

Ele parou seu teatro e ergueu o celular diante do rosto. “Querida, preciso atender essa ligação.”

“Vai lá.” Sonia fez um gesto indiferente com as mãos.

Após ele sair, ela se lembrou de algo e pescou seu celular na bolsa. Ela acessou suas mensagens e clicou na conversa do contato com imagem de perfil de um ganso. “Obrigada pela dica.”

Z-H: “Você fechou o negócio?”

Sonia sorriu e digitou a resposta. “Fechei. Você mencionou que Ryan era arrogante então ofereci a ele a chance de comprar e vender ações quando quisesse. Foi assim que eu consegui convencê-lo.”

A personalidade de Ryan indicava que ele não pediria dinheiro aos pais. Ao mesmo tempo, sem a Continental em suas mãos, levaria muito tempo para ganhar trinta por cento do valor das ações.

Até lá, talvez a Paradigm já tenha restaurado sua antiga glória e mesmo que Ryan decida comprar de volta a Continental, não seria uma perda tão grande.

Z-H: “Parabéns.”

Sonia: “Obrigada. Não teria conseguido tão rápido sem suas dicas. Posso convidá-lo para jantar?”

Ela se arrependeu de imediato após enviar a mensagem. Ela ainda se lembrava dos detalhes daquela noite. Vai ser tão estranho quando nos encontrarmos!

No seu quarto, Toby vestia um roupão preto e sentava-se de pernas cruzadas no sofá. Ele olhava para a tela do celular com uma expressão sombria, refletindo: Jantar? Ele respondeu em seguida: “Não é necessário.”

Sonia suspirou aliviada ao ver a mensagem e digitou em resposta: “Tudo bem então. Vamos conversar sobre isso uma próxima vez.”

Z-H: “Sem problemas.”

Sonia então saiu da sua conta assim que Charles voltou. “Querida, vou te levar para as termas. O que acha?”

Os olhos de Sonia brilharam animados. “Claro! Não vou às termas há séculos.”

Há seis anos quando se casou com Toby, ela renunciara a todos os prazeres na vida. Ela quase havia esquecido a deliciosa sensação de se banhar em uma fonte termal.

Charles então a arrastou em direção às termas. “Vamos!”

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