Através de montanhas e mares para a abraçar romance Capítulo 1119

Mariana olhou para seus filhos, notando o olhar preocupado deles, e sorriu: "Mamãe não é feita de papel, já enfrentei muitas tempestades. Digam o que têm para dizer."

Antes que Roque pudesse falar, Lucas instintivamente segurou a mão de Mariana.

"Acabamos de extrair algumas informações úteis de um membro daquela organização; uma delas é sobre o desaparecimento da irmã anos atrás."

Ele fez uma pausa, olhando para a mãe, e ao ver que ela estava com uma expressão normal, continuou: "A explosão no hospital naquela época foi planejada por eles, e a irmã também foi alvo deles."

Ele omitiu a parte em que eles pretendiam resolver o caso da irmã de forma definitiva.

"Na época, alguém os ajudou, e esse alguém era um dos tios. Além disso, a razão pela qual a vovó passou a desprezar a irmãzinha começou com aquela consulta ao adivinho. Aquela sessão estava, provavelmente, também nos planos deles. Não importava qual fosse o resultado, a previsão seria sempre desfavorável."

"Foi uma ação executada por alguém de dentro da nossa própria família."

Somente isso poderia explicar como eles conseguiram controlar os movimentos da Família Valentim e infiltrar-se nela.

Natan não pôde deixar de perguntar: "Foi o tio Segundo ou o tio Terceiro?"

Roque lançou um olhar ao irmão mais novo, e Natan imediatamente se calou.

"Atualmente, não podemos confirmar se foi o tio Segundo ou o tio Terceiro. Agora, precisamos investigar quem soube antecipadamente que a mamãe levaria Otilia para tomar vacina naquele dia. Além disso, quem contou à vovó sobre o adivinho?"

A primeira questão precisava ser dirigida a Lucas e Mariana.

Os três irmãos eram pequenos na época e não sabiam de muita coisa. Muitas vezes, os adultos não compartilham informações com as crianças.

Os quatro irmãos olharam para os pais.

"Isso é muito importante. Leila, pense com calma e cuidado," Natan lembrou.

Vendo a seriedade da família, Leila percebeu a gravidade da situação.

Apesar de ser uma história antiga, o desaparecimento da pequena levou a senhora à loucura, e isso sempre foi uma dor para Leila. Ela se lembrava de algumas coisas, não tinha esquecido tudo.

Após um momento, Leila falou: "Naquele dia, a pequena não parava quieta. Eu estava preocupada que ela pudesse cair, então fiquei o tempo todo no quarto com ela. No final da tarde, parece que a senhora me disse que no dia seguinte levaria a pequena ao hospital. Eu não comentei isso com ninguém."

"Você tem certeza?"

Leila assentiu.

Ao falar sobre o passado, Leila de repente se lembrou: "Lembrei que naquela época a terceira senhora vinha frequentemente à nossa casa para ver a pequena. Ela gostava muito dela, sempre queria brincar com ela."