Através de montanhas e mares para a abraçar romance Capítulo 345

"Crer ou não, vocês mesmos podem verificar. Não adianta pressionar, é inútil. Se quiserem ficar, fiquem." Amadeu pronunciou cada palavra com clareza.

A atmosfera no quarto do hospital congelou, uma tensão opressiva pesava no ar, sufocante.

"O que tantas pessoas estão fazendo aqui?" A enfermeira entrou, rompendo a rigidez do ambiente.

Depois de verificar a temperatura de Amadeu e constatar que estava normal, ela olhou para a multidão e disse, "Depois de visitar o paciente, não demorem muito. Ele precisa de repouso."

Após a saída da enfermeira, Amadeu simplesmente fechou os olhos, recusando-se a olhar para as pessoas ao seu redor.

As duas famílias decidiram que cada uma enviaria duas pessoas para ficar de vigia, enquanto os demais retornariam para casa. Eles estavam determinados a vigiá-lo continuamente, esperando por um deslize.

Amadeu se sentia como se estivesse sendo vigiado pelos próprios familiares, como um prisioneiro.

O que é o amor familiar?

Na presença do dinheiro, todo tipo de sentimento desvanece.

Com um coração pesado, Amadeu só esperava que seu filho pudesse retornar logo.

Por outro lado, Rosalina levou Lorena de volta para a Família Fontes, onde foram recebidas com sarcasmo e zombaria. Felizmente, não foram expulsas da Família Fontes.

Viver à mercê dos outros não é fácil, mas Rosalina e sua filha não tinham para onde ir e eram obrigadas a suportar os olhares depreciativos dos outros.

Escola Internacional Sidley

Otilia fechou seu caderno, marcando o fim de suas aulas ali. A partir de hoje, ela daria adeus à escola.

Olhou para o lugar ao seu lado, que permaneceu vazio desde aquele dia.

Dirce entrou na sala e, ao vê-la olhando para o lugar vazio, disse, "Ouvi dizer que Willian Estrela foi enviado pelo pai para estudar no exterior. Ele provavelmente não aparecerá na cerimônia de formatura."

"Vamos, é nosso último dia. Devemos apreciar a escola mais uma vez."

As três caminharam pelo caminho verde, sentindo o calor suave do início do verão.

Quando a música acabou, as pessoas se dispersaram.

Ao amanhecer, quando o primeiro raio de sol surgiu no horizonte, banhando as nuvens de laranja e vermelho, com seu brilho dourado iluminando a terra, tudo parecia renascer.

Um carro de luxo estava estacionado não muito longe, com o motorista à espera.

Dirce olhou para trás, para o motorista que veio buscá-la, depois se virou e beijou a testa de Paulina e Otilia, "Não me esqueçam."

"Nunca."

Depois de se abraçarem mais uma vez, Dirce caminhou em direção ao carro. Antes de entrar, ela se virou repentinamente, olhando para as duas amigas na beira do penhasco, com o sol dourado iluminando suas figuras nebulosas.

"Senhorita, estamos atrasados."

Com um leve aceno de cabeça, Dirce entrou no carro. A porta se fechou e o veículo começou a se afastar lentamente.

Otilia e Paulina mantiveram seus olhares fixos no carro preto até ele desaparecer de vista.