Através de montanhas e mares para a abraçar romance Capítulo 364

"Quem você disse?" Roque ficou atônito.

"Srta. Otilia." Eliseu repetiu.

Pensando bem agora, essa garota é tão impressionante, parece que encontrou a fonte. Veja quão forte é o gene da Família Valentim, todos os irmãos são excepcionais.

E a irmã dele, como poderia ser diferente?

Roque ficou pasmo por um momento antes de voltar a si, pensando em seus olhos, que são tão familiares, assim como Otilia quando criança, grandes e brilhantes, olhando para você piscando, como se estivesse olhando para o mundo inteiro. Esse olhar poderia derreter seu coração.

"Chefe, nós vamos procurar a Srta. Otilia agora?" Eliseu perguntou.

"Sem pressa." Roque murmurou lentamente, com uma expressão séria, "Primeiro, mande alguém pegar alguns fios de cabelo dela, e mantenha isso em segredo."

Depois que Eliseu saiu, Roque pegou seu celular, abriu a lista de contatos, e seu dedo parou sobre aquele nome, hesitando várias vezes antes de finalmente decidir não apertar.

Será que desta vez é verdade?!

Depois de tantos anos, toda vez que pensava ter encontrado, terminava em decepção. Inclusive uma vez encontrou uma garota que parecia muito com sua mãe, pensou que fosse sua irmã, mas acabou decepcionado novamente.

Será que desta vez é verdade?!

Roque tinha um pressentimento, mas era algo muito etéreo.

Melhor esperar pelo resultado final!

Se não for, é como se nada tivesse acontecido.

Cidade H

Otilia foi sozinha ao terceiro estabelecimento da última vez, preencheu os documentos e os entregou à enfermeira do balcão. A enfermeira reconheceu Otilia imediatamente.

Talvez, aos olhos dos outros, ela seja vista como alguém a ser compadecido. Mas Otilia não se vê como alguém digno de pena.

No caminho, Paulina ligou, sabendo que ela estava na instituição de identificação, e imediatamente correu para lá. Paulina não se atreveu a pedir ao motorista da família que a levasse, então pegou um táxi.

Ao entrar no saguão, ela imediatamente viu a figura solitária e desamparada no corredor, seus olhos instantaneamente se encheram de lágrimas, e ela sentiu um nó na garganta, mas engoliu as lágrimas, respirou fundo e caminhou em direção a Otilia.

Quando chegou perto dela, com um sorriso nos lábios e um bico de insatisfação, disse: "Você é muito injusta. Vindo aqui sozinha e nem me avisando."

"Esqueci." Otilia disse com um sorriso bobo, como uma criança que cometeu um erro.

Em uma vida passada, acostumou-se a carregar tudo sozinha.

Acostumou-se a enfrentar tudo sozinha.

Quando esse hábito se entranha nos ossos, esquece-se de que há pessoas em quem se pode confiar e compartilhar.