Através de montanhas e mares para a abraçar romance Capítulo 49

Um lampejo de decepção brilhou no fundo dos olhos de Lorena. Ela esperava que testemunharia um espetáculo, mas acabou não vendo nada.

Que pena. Não pôde ver a figura embaraçosa dela.

"Ela está bem, isso que importa." Lorena expressou com um rosto cheio de alívio.

Hilda discordou, "Lorena, ela é uma ladra que roubou suas coisas. Como você ainda pode se preocupar com ela?"

Ariadne concordou do lado, "Exatamente, exatamente. Esse tipo de pessoa deve entender a diferença entre nós e ela. Não pense que por ter entrado na Família Barreto, se tornou uma verdadeira dama."

"Uma pessoa que cresceu naquele tipo de lugar carrega a miséria em si. Um cheiro que fica impregnado nos ossos e não sai com banho. Então, Lorena, não se preocupe. Uma dama verdadeira precisa ser cultivada e educada desde pequena para ter aquela essência. Ela está apenas fingindo agora."

Por algum motivo, ao vê-la, não se podia perceber nenhum traço daquela pobreza ou humilhação. Pelo contrário, ela brilhava no meio da multidão.

Isso deixou Ariadne e as outras bastante incomodadas.

Pessoas como ela deveriam ser pisadas. Aquele brilho não deveria pertencer a ela.

Lorena não respondeu. Ela apenas lançou um olhar reprovador para elas, mostrando desaprovação. Mas não disse nada, e nem repreendeu o comportamento delas.

"Vamos."

As quatro estavam prestes a sair quando Otilia Salazar retornou.

Ao voltar, ela trazia algo em mãos.

Enquanto Gerson ponderava o próximo passo para atormentá-la, viu Otilia Salazar vindo em sua direção.

Ubaldo observou uma mangueira que ela segurava, "O que ela fará com isso? Será que é..."

Antes de Ubaldo terminar, Otilia Salazar abriu o registro, e a mangueira de água foi diretamente apontada para Gerson e os outros. As pessoas próximas se dispersaram.

Gerson e o seu grupo foram encharcados pela mangueira.

"Peguem a mangueira dela." Gerson ordenou.

Ubaldo e Talles avançaram. Otilia Salazar direcionou a água para os pés deles, e fez com que ambos caíssem de cara no chão.