Através de montanhas e mares para a abraçar romance Capítulo 507

A senhora idosa estava um pouco surda, "Você disse o quê?"

"Onde fica a casa da Ofélia?" Otilia elevou o volume da voz.

"Ah, você está falando da Ofélia. Sim, sim, está logo ali à frente, vê aquela árvore grande? É lá. Ela acabou de voltar do País M," disse a senhora idosa, amavelmente.

"Obrigada."

Uma pequena mansão de três andares, com o portão de ferro entreaberto, Otilia se aproximou e bateu no portão.

"Tem alguém em casa?"

Do interior do pátio, ouviu-se o latir de um cachorro.

"Quem é?"

Uma voz feminina soou do interior, e passos se aproximaram até que o portão se abriu. Uma mulher de meia-idade olhou confusa para a pessoa parada à porta.

"Tia, bom dia. Este é o lar da Ofélia?"

A mulher de meia-idade a avaliou com curiosidade, "Você está procurando por ela por quê?"

"É o seguinte. Minha mãe e a Tia Ofélia eram colegas há tempos atrás, minha mãe havia emprestado uma quantia em dinheiro dela e não teve a chance de devolver antes. Recentemente, minha mãe mencionou isso, e como estou de viagem de negócios por aqui, acredito que seja importante honrar com a palavra, então vim para acertar a dívida."

A mulher de meia-idade imediatamente sorriu e convidou-a para entrar, "Que consideração da sua parte. Quanto é?"

"Cinco mil."

"Pode me dar o dinheiro então."

"É que... bem..." Otilia hesitou, "A Tia Ofélia está?"

"Está, está. Vou chamá-la para você."

Cinco minutos depois, uma mulher de meia-idade desceu as escadas, olhando curiosamente para Otilia.

"Quem é você?"

Otilia se levantou, "Você é a Ofélia, a Tia Ofélia, certo?!"

Ela foi confundida com a Karina.

"Eu vim para perguntar sobre meus pais."

"Isso eu realmente não sei. Aquele tumulto foi tão repentino. O hospital inteiro estava um caos, grande parte dele foi destruída pelo fogo, muitos registros e prontuários médicos foram completamente consumidos pelas chamas."

"Naquela época, houve quem procurasse, mas nada foi encontrado, todos os registros tinham sido queimados. Eu pensei que seus pais viriam procurar, mas eles nunca apareceram."

Talvez temendo sua reação, Ofélia continuou, "Não me culpe também. Foi muito caótico. Vários edifícios explodiram. A poeira voou por todo o céu. Peguei a criança que estava ao meu lado e fugi, sem ter tempo de olhar."

"Mal tinha te pegado no colo e o teto desabou. Se eu tivesse demorado mais meio minuto, você não estaria aqui." Ofélia ainda se lembrava vividamente daquele dia.

Naquele momento, ela pensou que tinha salvo o filho(a) da Sra. Valentim, até pensou em pedir uma recompensa, mas então percebeu que tinha pegado o bebê errado.

Ela se lembrava de que o bebê da Sra. Valentim estava exatamente naquele lugar, mas quando correu para pegá-lo, acabou encontrando um bebê diferente.

Era realmente estranho!

Por sorte, ela agiu rapidamente, caso contrário, aquela criança teria sido esmagada pelo teto desabado.