Através de montanhas e mares para a abraçar romance Capítulo 6

Aquele homem quem ajudou-a a se libertar das garras do mal.

Aquele homem quem protegeu-a em todas as situações.

Aquele homem quem sempre esteve ao seu lado, trazendo-lhe o único calor que conhecia.

Mas agora, ele havia se voltado contra ela.

A pessoa em quem mais confiava, traiu-a.

Nada poderia ser mais desesperador no mundo.

Com ressentimento e ódio, Otilia Salazar caiu lentamente. A faca que segurava deslizava silenciosamente de sua mão, caindo ao chão com um som metálico.

Lorena, tomada pela dor, virou-se e se ajoelhou ao lado de Otilia Salazar, sussurrando em seu ouvido: "Desespero? Eu quis te fazer sentir desespero. Deixe-me dizer que tudo isso foi cuidadosamente planejado por mim.

Até mesmo aqueles homens no passado, fui eu quem os escolheu para você. Quem diria, mesmo após tudo, você ainda conseguiu acordar sem vergonha alguma. Você não deveria ter morrido para preservar a honra da família?"

Sob as palavras venenosas de Lorena, envoltas numa falsa doçura, Otilia Salazar lutou para manter os olhos abertos e e a encararam.

Observando seus olhos cheios de ressentimento e desafio, Lorena sorriu levemente: "Veja só, que olhar mais belo. Até sinto uma certa relutância em acabar contigo tão rápido. Afinal, ainda não me diverti o bastante. Mas, infelizmente, o irmão Dorival não quer mais ver você. Só me resta enviar-te ao inferno."

"Não me culpe. Se há alguém a culpar, é você por ter voltado. Tudo na Família Barreto é meu, e você nunca passou de um rato no esgoto."

Um jorro de sangue escapou da boca de Otilia Salazar, espirrando em Lorena.

Lorena ficou surpresa por um instante, com um lampejo de crueldade passando por seus olhos, que logo se transformou em dor. Porque um grupo de pessoas que foi liderados por Senhora Barreto se aproximou e cercou-a.

"Lorena, você está bem? Deixe-me ver se você se machucou", a Senhora Barreto disse. Ela claramente ficou angustiada.

Lorena balançou a cabeça, com tristeza: "Mãe, me desculpe. Eu causei isso à minha irmã."

A Senhora Barreto franziu o cenho, "Não fale dessa desgraça. Ela morreu e bem feito."