Através de montanhas e mares para a abraçar romance Capítulo 727

Otilia Salazar detestava esse tipo de pessoa.

Dirigindo perigosamente rápido, sem dar valor à própria vida, mas também não deveriam arriscar a dos outros.

Se atropelassem alguém, a pessoa atropelada seria tão inocente.

Zuriel acariciava seu cabelo, "não fique irritada, não fique irritada."

Otilia Salazar deu uma risada sarcástica; ela não tinha todo esse tempo para gastar ficando irritada, seria pura perda de tempo.

Ela tentou puxar sua mão de volta, mas percebeu que a mão que a segurava não se movia nem um pouco.

Não conseguindo puxar sua mão de volta, Otilia Salazar deixou que ele continuasse segurando.

Caminhando pela rua, o casal atraía olhares. Eles sempre faziam as pessoas olharem mais de uma vez.

Eles caminhavam sem destino.

Antes, Otilia Salazar achava que casais passeando sem rumo era algo chato, mas quando chegou o dia em que ela mesma fazia isso, percebeu que não era nada entediante.

Andar com alguém de quem se gosta, mesmo sem falar nada, ainda fazia com que se sentisse confortável e doce.

Nesse momento, do outro lado da rua, parou um carro, e dele desceu uma mulher vestida de forma elegante e moderna. Logo depois, o homem que dirigia saiu do carro.

A mulher rapidamente foi até ele e o abraçou pelo braço, encostando a cabeça no braço do homem de forma carinhosa, num gesto típico de um casal apaixonado.

Otilia Salazar virou a cabeça e viu essa cena. Se fossem estranhos, ela já teria desviado o olhar, mas acontece que ela conhecia aquele homem, com quem tinha se separado recentemente.

Zuriel percebeu e seguiu seu olhar até o casal.

"O que houve?"

Não havia engano, aquele homem era o CEO do Grupo Floresta, Zeno.

Otilia Salazar contou o que tinha acontecido no hotel, à tarde, com um sorriso malicioso nos lábios.

Parece que ela tinha tomado a bala pela outra mulher.

A raiva da esposa de Zeno era compreensível.

Muitas vezes, quando um homem trai, as pessoas dizem que é culpa da mulher, por não conseguir manter o homem. Que absurdo.

Claramente é o homem que não consegue se controlar, mas a culpa cai sobre a mulher.