Através de montanhas e mares para a abraçar romance Capítulo 86

Amílcar recobrou os sentidos, preparando-se para ajudar. Deu apenas dois passos à frente quando ouviu esse som. Ele, que sempre foi meticuloso com a limpeza, parou imediatamente.

Lorena percebeu que ele havia parado, seu rosto corando intensamente. O som do riso de escárnio das pessoas ao redor soava em seus ouvidos, desejando poder se esconder num buraco.

No momento em que Lorena não sabia como sair daquela situação, uma voz fria e clara veio de trás da multidão.

"Está fazendo uma refeição?"

No início, ninguém entendeu o que ela quis dizer. Mas quando viram a cena de Lorena com o rosto para baixo e segurando a borda do vaso sanitário, a compreensão atingiu todos instantaneamente.

"Ha ha ha ha!"

As gargalhadas cresciam cada vez mais como ondas tumultuosas, enchendo o corredor. Aqueles que estavam atrás, não entenderam. Ao ver os vídeos gravados e as explicações daqueles à frente, uniram-se ao coro de risadas.

Dirce lançou um olhar de admiração para Otilia. Uma frase destruiu completamente a imagem de deusa de Lorena.

Mesmo Dorival, que tinha afeição por Lorena, inconscientemente franzia a testa.

Lorena ainda esperava que dois príncipes encantados viessem salvá-la. Eles apareceram, mas apenas ficaram parados, sem se aproximar.

O olhar de Lorena varreu os rostos zombeteiros, com o som de escárnio crescendo em seus ouvidos. De repente, ela caiu para trás, desabando no chão.

Hilda lançou um olhar feroz para Otilia e correu para Lorena.

Ariadne e algumas outras pessoas também correram. Uma multidão confusa levou Lorena para a enfermaria.

Família Barreto

Otilia voltou para casa, onde uma atmosfera de baixa pressão a envolveu imediatamente.

“Otilia, pare aí!” Rosalina Fontes gritou, olhando para ela com olhos cheios de fúria, “Como você pôde fazer algo assim?”

“O quê? Que coisa?”

Ao ver a expressão de confusão no rosto dela, Rosalina ficou tão irritada que sua pressão arterial subiu.

Embora Rosalina não fosse sua mãe biológica, o carinho que ela tinha por ele o fazia considerá-la como tal.

Yolande hesitou, lançando um olhar furtivo em direção a Otilia.

Umberto lançou um olhar para a mãe desmaiada e depois para Otilia, que estava indiferente. Ele franzia ligeiramente as sobrancelhas.

“Primeiro, leve a mãe para o quarto. Depois, chame o Doutor Vargas para vê-la,” Umberto ordenou com calmo e controlado.

“Sim.”

Com uma liderança clara, os empregados rapidamente fizeram como ordenado.

Depois de acomodar Rosalina, Umberto saiu do quarto principal. Encontrando Otilia pronta para retornar ao seu quarto, dirigiu-se diretamente a ela.

Com um brilho ameaçador nos olhos, Umberto segurou o batente da porta e impediu-a de fechá-la.

“Você mora neste quarto?” Sua voz carregava um fogo suprimido de raiva.