Através de montanhas e mares para a abraçar romance Capítulo 93

“Natan, quer me ver?”

Dirce ficou surpresa e emocionada, o seu coração batia com força.

“Sim. Siga-me.”

Dirce seguiu o funcionário. Quanto mais avançavam, menos pessoas havia, mas, em contrapartida, mais seguranças apareciam. Cada pessoa que se aproximava era rigorosamente verificada, tornando quase impossível a infiltração de paparazzi.

Ao abrir a porta do quarto, uma grande sala de descanso se revelou, com vários maquiadores de elite ocupados. As pessoas no local apenas lançaram um olhar rápido para a recém-chegada.

“Aguarde aqui um momento.”

O funcionário se dirigiu ao interior, onde um homem de aparência nobre repousava no sofá, e disse respeitosamente: “Sr. Natan, a senhorita Dirce chegou.”

Natan abriu os olhos, “Hmm.”

O agente acenou, e o assistente levou Dirce para o interior.

Dirce prendeu a respiração, os seus olhos brilhantes fixos no homem à sua frente, cujos traços profundos e delicados combinavam elementos orientais e ocidentais. A maquiagem intensa realçava ainda mais a profundidade cativante de suas feições.

Era a primeira vez que ela estava tão perto de seu ídolo, nervosa ao ponto de não saber onde colocar as mãos.

Natan levantou o olhar, seus olhos profundos varrendo sobre ela, franzindo a testa, “Vire-se.”

Dirce não reagiu imediatamente.

Um assistente ao lado lembrou: “Srta. Pires, por favor, vire-se.”

“Oh, claro.” Dirce, um tanto desajeitada, virou-se.

Natan avaliou a sua silhueta, a sua voz atraente e baixa soou: “Não é ela.”

Glauber ficou perplexo, como não poderia ser ela?

Quando a música começou a ecoar pela sala, as pessoas involuntariamente olharam na direção do som, mas logo voltaram ao seu trabalho.

Quando ela chegou à segunda parte, a testa de Natan se contraiu ligeiramente.

Glauber entendeu, sinalizando que ela poderia parar.

“Tocou muito bem, com tempo, certamente poderá dividir o palco com Natan.” Disse Glauber de forma diplomática, e então perguntou delicadamente: “Srta. Pires, você poderia nos fornecer o contato dessa colega?”

Dirce, dificilmente escondendo sua decepção, disse de forma abafada: “A pessoa que vocês estão procurando se chama Otilia. Eu não a conheço bem, não tenho o telefone dela.”

Ela, que toca piano desde pequena, não pôde acreditar que foi superada por alguém vindo das favelas.

A diferença e a realidade foram golpes duros.

Glauber, temendo que a jovem se recusasse a colaborar, falou gentilmente: “Dirce, você é uma boa menina. Você também deseja que o concerto do Natan tenha um final perfeito, certo? Aquela pianista é muito importante para o Natan. Vocês são colegas, não consegue pensar numa forma de entrar em contato com essa colega?”