Atravessando: Da Coadjuvante à Protagonista romance Capítulo 137

Nos últimos dias, Afonso passou por momentos difíceis, que quase destruíram todas as suas crenças.

Ele seguia seu irmão mais velho como um fantasma, incapaz de sentir um pingo de propósito em sua existência.

Se não fosse pela esperança de que sua mão pudesse ser curada, talvez ele nem tivesse forças para continuar vivendo.

Agora, uma boa notícia chegou: sua cirurgia foi agendada.

Afonso sorriu.

E enquanto sorria, começou a chorar.

Eduardo, Patrícia e Gabriel olhavam para ele, com expressões sérias, mas com um toque de tranquilidade.

Depois de um tempo, quando o humor de Afonso já estava mais calmo, Eduardo disse a Gabriel:

"Essa cirurgia precisa ser bem-sucedida, temos de agradecer àquele cirurgião de primeira linha."

"Eu sei." Sem nenhum lembrete extra de Eduardo; ele sabia o que fazer.

Após o sucesso da operação, a recompensa para o cirurgião de elite seria generosa.

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Na manhã seguinte, Débora não acordou no horário usual.

A Velha Sra. Araújo foi até o quarto de Débora e bateu na porta, mas não obteve resposta.

"Querida, você dormiu demais?"

"Querida, a vovó está preocupada, vou entrar, tá?"

Sem ouvir resposta, a Velha Sra. Araújo abriu a porta do quarto.

No quarto decorado em tons de rosa, uma pequena figura encolhida na grande cama de princesa, sob as cobertas ligeiramente elevadas.

A Velha Senhora se aproximou rapidamente e puxou um pouco das cobertas, tocando a testa de Débora, e se assustou.

"Como está quente!"

Vicente pensou que talvez sua imagem não fosse a melhor para Débora, o que a fez resistir assim que ele a pegou.

Enquanto acalmava Débora, Vicente a levou para o carro.

A Velha Senhora o seguiu rapidamente, sem esperar pelo Velho Senhor, pedindo ao motorista que dirigisse diretamente para o hospital.

Vicente observava Débora em seus braços, ainda inquieta, com a testa franzida em desconforto.

Ela parecia mais leve e frágil em seus braços do que ele imaginava; um pequeno ser que ele temia machucar com um abraço mais apertado.

Era a primeira vez que ela não chorava quando ele a segurava, mas, nesse caso, era melhor chorar.

Chegando ao hospital, o médico diagnosticou uma gripe comum com febre alta de 39,5 graus, complicada por uma gastroenterite.

Rapidamente, o médico prescreveu medicamentos e iniciou uma hidratação intravenosa.

Depois de um tempo, a testa franzida de Débora finalmente se suavizou, mas seu pequeno rosto permanecia pálido e sem cor.